ARARIPINA

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sexta-feira, 27 de março de 2009

BELÉM DO SÃO FRANCISCO - OPERAÇÃO COMBATE DESMATAMENTO ILEGAL


O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) desencadeou, no dias 22 e 23 e março, uma operação para coibir o desmatamento e fabricação ilegal de carvão nas ilhas do rio São Francisco, no município de Belém de São Francisco. A ação resultou na condução de cinco infratores, na destruição de 32 unidades ilegais de produção de carvão, na apreensão de 10 motosserras, um caminhão e uma balsa, além de 35 toneladas de carvão. Foram também aplicados R$ 250.000 em multas em um total de nove autos de infração. O desmatamento acorrido nas ilhas está sendo identificado através das imagens de satélite pelos órgãos ambientais e será objeto de ação do MPPE para a regularização da área.

A ação, organizada pelo coordenador do Centro de Apoio às Promotorias do Meio Ambiente, André Silvani e executada pelo Promotor de Justiça Sérgio Souto, em apoio à Promotoria de Justiça de Belém de São Francisco, contou, ainda com a participação de representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Pernambuco (CPRH), das companhias da Policia Militar de Pernambuco (PM-PE), da Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente (Cipoma), além do Grupo de Apoio Tático Itinerante (Gati), envolvendo em torno de 32 agentes. As ilhas, em sua maior parte, são consideradas áreas de preservação permanente.

Segundo o Chefe da Divisão de Controle e fiscalização do Ibama em Pernambuco, Leslie Tavares, o trabalho identificou a migração da produção ilegal de carvão da região de Custódia para as Ilhas do São Francisco, após a operação realizada naquela região em setembro de 2008, com a presença do Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. A produção de fornos sem licença ambiental foi organizada pela empresa Padre Cícero, que está sob investigação, e cuja produção era vendida para as siderúrgicas de Minas Gerais e Espírito Santo. O desmatamento indiscriminado da Caatinga vem sendo a principal causa de desertificação de 15 milhões de hectares no Nordeste.

Com informações da assessoria

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