Inconformados com a gestão da Escola de Referência em Ensino Médio Josias Inojosa de Oliveira, em Araripina, no Sertão, a 683 quilômetros do Recife, alunos da unidade de ensino foram às ruas pedir o desligamento da diretora do colégio. Os estudantes, que denunciam a falta de diálogo com Maria Carvalho Amorim, passaram mais de uma semana sem frequentar às aulas, como forma de chamar a atenção da sociedade para o problema. Na última quinta-feira, uma substituta assumiu o posto temporariamente.
De acordo com Lucas Diego, 16, aluno do 2º ano da escola, os alunos estão fartos da arrogância da gestora. “As pessoas de fora veem a Josias Inojosa como um centro de referência, por isso não sabem o que acontece aqui dentro. A diretora disse que a gente não tem o poder de tirá-la da gestão. Por isso fomos às ruas, não assistimos aula”, afirmou.
Segundo Fernando Oliveira, do 2º ano, o desentendimento entre alunos e gestão faz com que eles percam a vontade de frequentar as aulas. “Só voltamos hoje (ontem) a estudar porque uma gestora interina assumiu”, disse. “Estamos nos sentindo muito melhor sabendo que há chances de mudanças.”
Um professor, que não quis se identificar, disse que ela usava com os alunos palavras de baixo calão, fazia pressão psicológica e chegou a afirmar que os alunos só iam para a escola para comer. “Além disso, ela fazia advertências infundadas aos alunos e já chegou a puni-los retirando deles o almoço.” A Secretaria Estadual de Educação encaminhou uma equipe técnica para se reunir com pais, estudantes e gestores. O que foi discutido será transformado em relatório, que será analisado pelo setor jurídico e pedagógico da SEE. Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, todas as ações serão realizadas para garantir que o ano letivo não seja prejudicado.
Provisoriamente, está à frente da escola Kátia Medrado, indicada pela Secretaria Estadual de Educação. A escola, na Rua Antonio Alexandre Alves, no bairro de Vila Santa Izabel, funciona em horário integral. As atividades têm início às 7h e terminam às 17h para os 400 alunos. Lá, os estudantes fazem três refeições diárias, recebem livros e fardas.
Fonte-JC
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