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segunda-feira, 8 de junho de 2009

VÔO 447 - BRASIL E FRANÇA RECOLHEM MAIS 15 CORPOS


Em um dia de buscas intensas, as Forças Armadas do Brasil e a Marinha da França localizaram e resgataram ontem mais 15 corpos de vítimas do voo 447 da Air France, que caiu no Oceano Atlântico no último dia 31 de maio quando viajava do Rio de Janeiro para Paris com 228 pessoas a bordo.

Já chega a 17 o número de cadáveres recolhidos em alto-mar em menos de 48 horas, após seis dias de insucesso. A fragata Constituição, responsável por levar os corpos até próximo a Fernando de Noronha, precisou interromper seu percurso duas vezes para receber novas vítimas e segue para o arquipélago com nove corpos.

A previsão é que os corpos cheguem a Noronha amanhã, de onde seguirão para o Instituto Médico Legal (IML), em Santo Amaro, no Recife.

Além dos recolhidos, outros corpos foram visualizados no oceano, e os trabalhos de resgate prosseguiram madrugada adentro com seis embarcações, sendo cinco brasileiras e uma francesa.

De acordo com o assessor de imprensa da Força Aérea Brasileira (FAB), tenente-coronel Henry Munhoz, “dezenas de destroços” da aeronave foram avistados na região, mas não houve novos recolhimentos porque a prioridade é retirar corpos. “Encontramos pedaços significativos, mas o foco no momento são as vítimas”, observou.

Dos corpos trazidos na Constituição, quatro são do sexo masculino, quatro do feminino e um não pôde ser identificado. Na madrugada de ontem, três corpos foram resgatados pela corveta Caboclo.

Os navios brasileiros recolheram, à tarde, mais quatro cadáveres. As outras oito vítimas foram retiradas do mar pela fragata francesa Ventôse e estão sendo mantidas na embarcação à espera do retorno da fragata Constituição. Também participam das buscas 14 aeronaves – 12 brasileiras e duas francesas. As Forças Armadas não divulgarão o estado dos corpos.

O tenente-coronel Henry informou que, em meio ao sem-número destroços achados, estão poltronas, telas de LCD, máscaras de oxigênio, partes das asas e objetos pessoais dos passageiros.

“As buscas estão concentradas nessa área, que tem dezenas de componentes da aeronave”, explicou. Segundo ele, a FAB não dará detalhes sobre pertences das vítimas encontrados.

A Constituição navega a 40 quilômetros por hora. O trajeto deve durar pouco mais de 22 horas. A 300 quilômetros de Noronha, os corpos serão transferidos para um helicóptero. No arquipélago, peritos federais catalogarão as vítimas, que serão encaminhadas ao IML do Recife de avião para identificação.

Os corpos e destroços foram localizados a 69,5 quilômetros do local onde o avião emitiu o último sinal de alerta informando uma pane elétrica, a 849 de Fernando de Noronha e a 1.166 do Recife.

“Essa distância dessa área para Pernambuco é a mesma de São Paulo para Porto Alegre, que dá 18 horas de ônibus. O processo logístico é complexo.” A área de buscas é de 200 mil quilômetros quadrados.

O assessor da Marinha, capitão-de-fragata Giucemar Tabosa, afirmou que os corpos estavam numa área próxima àquela em que foram recolhidos, anteontem, os dois primeiros cadáveres.

As condições meteorológicas têm atrapalhado as buscas, ressaltou ele. “A previsão do tempo é desfavorável para o cumprimento da missão das aeronaves, porque a visibilidade é muito ruim”, disse.

A Air France confirmou ontem que o número de série 237011038331-0 da poltrona azul resgatada sábado pertence ao modelo A330. Mais dois assentos, com a logomarca da empresa, foram avistados. “Não há dúvida de que são da aeronave”, destacou.

Fonte-JC

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