SALVADOR – Os festejos juninos em Salvador, cidades do Recôncavo Baiano e em Cruz das Almas resultaram em 219 vítimas de acidentes com fogos de artifício até o início da manhã de ontem. A maior parte dos acidentes aconteceu em Cruz das Almas e está diretamente ligada à guerra de espadas, artefato junino feito de bambu e “recheado” de pólvora, barro e limalha de ferro.
No ano passado, de 7 a 24 de junho, o Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, atendeu 44 pessoas, enquanto em Cruz das Almas 235 feridos na brincadeira foram registrados. De acordo com boletim da Santa Casa de Misericórdia de Cruz das Almas, de 12 de junho até as 18h30 de ontem, 169 feridos por espadas tinham sido atendidos na cidade. Do total de vítimas, 83 se queimaram ou sofreram traumas ontem, dia da grande guerra de espadas no município.
Quatro pessoas que tiveram lesões mais graves foram transferidas para o HGE. Um jovem de 18 anos perdeu o olho esquerdo e uma senhora de 63 anos teve traumatismo na mandíbula, após a espada que ia soltar explodir na sua mão.
Apesar de a Prefeitura de Cruz das Almas promover a campanha “Espadeiro Consciente Respeita a Vida”, determinando e sinalizando os lugares onde as espadas estavam proibidas, o que se viu foi o total desrespeito às regras. Espadeiros, soltando o repertório de manobras, “tocavam” espadas em direção a postos de gasolina, carros, casas e transeuntes.
Agência A Tarde
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