ARARIPINA
segunda-feira, 8 de junho de 2009
ILHA DO RETIRO - EM SHOW DE WELDON, SPORT FAZ 4 GOLS EM 8 MINUTOS
Preterido pelo técnico Nelsinho Batista, que chegou a alardear que o atacante era descompromissado com o Sport, Weldon deitou e rolou, ontem, diante do Flamengo, pela Série A do Brasileiro, na Ilha do Retiro.
Foi o principal personagem da virada histórica do Leão sobre o time carioca. O Fla começou vencendo por 2x0. Em oito minutos – dos 26 aos 34 da etapa inicial –, o jogo mudou.
O zagueiro Durval fez o primeiro da reação e Weldon, sem cerimônia, sapecou outros três tentos, sacramentando o placar final: 4x2. Foi a redenção do jogador, tido como volúvel demais, até para os parâmetros do futebol. A cada gol, corria para a torcida, como se quisesse apagar essa imagem.
A vitória sobre o eterno rival tirou o Sport da zona de rebaixamento. Com os três pontos, o Leão subiu da 18ª posição para a 15ª, somando agora cinco pontos na classificação. O Sport volta a se apresentar na Ilha, sábado, contra Atlético-PR, que demitiu o técnico Geninho e é o atual lanterna, com um ponto.
Foi inevitável o sentimento de déjà vu dos mais de 25 mil espectadores rubro-negros, quando, aos nove minutos do primeiro tempo, observavam atônitos o Sport perder por 2x0. “Pensei que ia acontecer a mesma coisa do jogo contra o Atlético-MG (o Galo encerrou a etapa inicial vencendo por 3x0).
Ia ser mais uma semana de ambiente ruim e muita bronca”, vaticinou o goleiro Magrão, após ver o atacante Emerson fazer o segundo gol, em mais uma falha da defesa – antes, aos cinco, o atacante já havia inaugurado o placar.
De início, mal arrumado e abatido, o Sport foi totalmente envolvido pelo Flamengo, que atacava em bloco com seus volantes e alas. Resultado: levou dois gols em nove minutos. Emerson era o rei do jogo.
A saída por contusão do defensor Igor, acionado como volante, e a entrada do zagueiro Juliano, forçou o Sport a sair do 4-4-2 e voltar ao seu sistema de origem, com três zagueiros.
A reviravolta do Leão teve dois ingredientes independentes de tática: raça e sorte. Dos 26 aos 34, na base do vamos que vamos, o rubro-negro recifense fez quatro gols. “Nunca entramos num jogo desses achando que vai fazer três gols”, contou o mais recente ídolo da Ilha, Weldon.
Os 48 minutos finais do encontro entre leoninos e flamenguistas fez lembrar jogos do Sport na Copa do Brasil, notadamente os realizados longe da Ilha do Retiro. Com postura defensiva, o Leão pernambucano esperava os cariocas para surpreender nos contra-ataques.
E quase conseguiu com Ciro, numa bela jogada individual, e outra com Sandro Goiano, que, da intermediária defensiva, deu um arremate incrível e por pouco não fez um gol que seria antológico. Bruno salvou com a ponta dos dedos.
O Flamengo teve boas chances, principalmente com cruzamentos para a área. Chegou a perder um gol incrível com Josiel. Mas não era o dia do rubro-negro de lá. Pela virada fantástica, os deuses do futebol estavam, definitivamente, ao lado do rubro-negro daqui.
Marcelo Sá Barreto
mhenrique@jc.com.br
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