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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

PIAUÍ - APILCULTORES DÃO EXEMPLO DE RESISTÊNCIA À ESTIAGEM NO NORDESTE

Os 1.500 pequenos criadores de abelhas da Central de Cooperativas Apícolas do Semiárido Brasileiro (Casa Apis), sediada em Picos, no Piauí, são um exemplo de resistência às dificuldades que a seca impõe aos nordestinos. Eles conseguiram produzir mais de 150 toneladas de mel neste ano, suficiente para lhes garantir “o pão de cada dia”, de acordo com o presidente da central, Antonio Leopoldino Dantas Filho.

A produção ficou bem abaixo, porém, das 705 toneladas de mel coletadas no ano passado, quando as chuvas garantiram boa florada na área de influência da Casa Apis - que abrange 60 municípios piauienses - e possibilitaram exportações de 690 toneladas de mel em 2011 e 2012. A boa produtividade e a exportação só foram viabilizadas com a criação da central de cooperativas, em 2005, com apoio da Fundação Banco do Brasil e de parceiros regionais, de acordo com Antonio Leopoldino, mais conhecido como Sitonho.

Foi o exemplo de sustentabilidade organizada que trouxe Sitonho a Brasília, para a solenidade na qual o Banco do Brasil (BB) entregou, na noite de (27/11), o Prêmio Valores do Brasil, que está em sua terceira edição, a 20 iniciativas de promoção de desenvolvimento regional de todas as regiões do país. No caso específico da Casa Apis, Sitonho disse à Agência Brasil que “o prêmio nos estimula muito, porque é o reconhecimento do trabalho a favor da própria comunidade e dá mais visibilidade ao empreendimento”.

Para o gerente-geral da Unidade de Desenvolvimento Sustentável do BB, Rodrigo Nogueira, é papel do banco apoiar as comunidades locais. “Além do negócio do banco, que é comprar e vender dinheiro, temos que contribuir com o desenvolvimento das comunidades, dando condições melhores, com inclusão social e financeira”. Nesse processo entram as iniciativas do voluntariado do BB,  que envolve funcionários ativos e aposentados, além das parcerias.

Foi assim que surgiu, por exemplo, o projeto de reciclagem de óleo de cozinha, que recolheu mais de 10 mil litros de óleo usado, desde 2010, no município paulista de Porto Ferreira. O produto é destinado, em grande parte, para a produção de sabão e detergente. O trabalho, exercido de forma cooperativa, também recebeu o Prêmio Valores do Brasil.
 
Fonte: Agência Brasil/Blog do Fredson/Portal Araripina

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