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terça-feira, 26 de março de 2024

INCONTINÊNCIA URINÁRIA - UROLOGISTAS ALERTAM PARA O AUMENTO DE CASOS EM MULHERES JOVENS


Urologistas do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) de São Paulo fizeram um alerta após observarem um aumento de casos de incontinência urinária entre mulheres jovens. O problema já é altamente prevalente entre as mais velhas, com estimativas que chegam a 45% das acima de 40 anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

No comunicado, divulgado pelo governo paulista, os especialistas explicam que a incontinência urinária é um quadro caracterizado por qualquer perda involuntária de urina. Ela pode ser de urgência, mais grave, quando não é possível chegar a no banheiro a tempo, ou de esforço, quando ocorre em momentos como atividade física, durante uma tosse ou um riso.

Existem algumas causas para a maior prevalência do problema entre mulheres, entre elas o fato de a uretra – tubo que transporta a urina da bexiga para fora do corpo – ser mais curta, e a musculatura que contrai essa região ser mais frágil. Durante a gestação, por exemplo, o aumento da pressão abdominal na área é um fator que pode levar à incontinência.

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No entanto, os urologistas do HSPE destacam que o crescimento observado nas queixas entre mulheres jovens está provavelmente ligado a fatores de estilo de vida, como passar muito tempo sentado durante o dia segurando a urina. Explicam que o ideal é, a cada 3 ou 4 horas, fazer uma pausa para ir ao banheiro. A orientação vale tanto para mulheres, como para homens, e ajuda também a evitar casos de infecção urinária.

Além disso, citam que o tabagismo, a ingestão de bebidas alcoólicas, a obesidade, a má alimentação e o sedentarismo também contribuem para o problema. É o que destaca a médica urologista do HSPE Lorella Auricchio:

“Se a pessoa, uma vez na vida, teve perda de xixi, por estar muito apertado, não há problema. Mas é preciso ter atenção se a situação é recorrente, mesmo que pouco. É muito comum ver que as pessoas normalizaram o escape de urina, mas é preciso investigar o problema, que pode estar associado a outras doenças. Às vezes, mudança nos hábitos já ajuda, mas há casos que necessitam de cirurgia (sling) para tratamento definitivo, visando melhorar a qualidade de vida do paciente”, diz na nota.

Ela afirma ainda que outro método para prevenir os casos é a fisioterapia específica para o fortalecimento do assoalho pélvico. E lembra que, em caso de recorrência de perda de urina, é importante buscar um urologista para receber o devido diagnóstico e orientação de tratamento.

Fonte - Agência O Globo

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