ARARIPINA
segunda-feira, 25 de maio de 2009
ARENA DA BAIXADA - NÁUTICO NA VICE-LIDERANÇA APÓS BELA VIRADA
O Náutico segue surpreendendo no Campeonato Brasileiro. Ontem, o time pernambucano conseguiu uma bela vitória de virada sobre o Atlético-PR, em plena Arena da Baixada, por 3x2, após descer ao vestiário no intervalo do primeiro para o segundo tempo, perdendo por 2x0. O resultado teve vários desdobramentos positivos para o Timbu.
O principal deles foi a vice-liderança da competição, com sete pontos, dois a menos que o Internacional. Os gols de Anderson Lessa (2) e Gladstone também fizeram do ataque alvirrubro o melhor da Série A, ao lado do Santos, com oito tentos marcados. Por fim, quebrou o tabu de nunca ter vencido o Furacão em Curitiba. Antes, havia colecionado cinco derrotas e dois empates.
O triunfo do Náutico teve muito do dedo do técnico Waldemar Lemos. O treinador, que jogando fora de casa optou por uma formação inicial mais cautelosa, com três zagueiros e três volantes, foi ousado no segundo tempo. Perdendo por 2x0, sacou Eduardo Eré para a entrada de Anderson Lessa.
Com isso, o time passou a atuar com quatro homens ofensivos (Dinda, Lessa, Bala e Gilmar), como já havia acontecido no segundo tempo da estreia contra o Goiás, quando buscou o empate por 3x3, após estar perdendo por 3x1, e na vitória sobre o Cruzeiro por 2x0, nos Aflitos.Por sinal, sete dos oito gols do Náutico no Brasileiro foram anotados na etapa final.
A virada conseguida apenas no segundo tempo pode deixar a falsa impressão de que o Náutico esteve mal no primeiro. Não foi bem assim. O time conseguiu impor uma boa marcação e teve mais posse de bola. Tanto que podia ter aberto o placar logo aos nove minutos, quando Gilmar recebeu um cruzamento de frente para o gol e, mesmo sem goleiro, chutou para fora.
Os gols do Atlético-PR só saíram em bobeiras alvirrubras. A primeira aos 24 minutos. Em uma falha de comunicação entre o Vágner e Eduardo, Wallyson foi mais esperto, ganhou do zagueiro e tocou por cima do arqueiro timbu. Dez minutos depois veio a outra cochilada. Após chutão do goleiro Galatto, Vágner não cortou de cabeça, Asprilla se atrapalhou com Wesley e a bola sobrou limpa para Wallyson driblar Eduardo e voltar a balançar a rede.
Veio o segundo tempo e o Náutico seguia com mais posse de bola. Porém, dessa vez soube melhor como aproveitá-la, graças ao seu quarteto ofensivo. A reação não demorou a acontecer. Em 11 minutos, o Timbu já igualava o marcador. Aos dois, Gladstone aproveitou uma rebatida de Galatto e chutou com categoria de fora da área, diminuindo a desvantagem. Aos 11, Bala cobrou escanteio, Galatto falhou feio ao soltar uma bola fácil e Lessa aproveitou de cabeça.
Com o empate, o Náutico passou a se resguardar um pouco mais, saindo apenas na boa. O Atlético-PR foi para cima, mas de forma desestruturada. O jogo ficou aberto.
A melhor chance dos paranaenses voltarem a ficar à frente do placar veio aos 33 minutos, quando Rafael Moura acertou a trave. No rebote, Patrick chutou em cima de Eduardo.
A virada alvirrubra veio em uma boa jogada trabalhada, aos 37. Em um contra-ataque, Bala tocou para Gilmar e foi à frente receber. No toque de volta, fez um corta-luz e deixou Anderson Lessa livre à frente de Galatto. O prata da casa só teve o trabalho de caprichar na conclusão.
“O time está de parabéns, pois mostrou que é uma equipe que não se entrega nunca. Depois dessa vitória não é nem preciso pedir para o torcedor ir aos Aflitos na próxima rodada. É obrigação dele”, disse Carlinhos Bala ao final da partida.
Domingo, às 16h, nos Aflitos, o Náutico recebe o Fluminense, que foi goleado ontem em casa pelo Santos por 4x1. Já o Atlético-PR visita o Flamengo, no Maracanã.
João de Andrade Neto
jneto@jc.com.br
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