GENEBRA – O fenômeno climático la niña, que voltou com força total durante o verão de 2010, é um dos “mais poderosos do século passado”, devendo durar até maio, antes de perder força progressivamente, anunciou ontem, 25/01 a Organização Meteorológica Mundial (OMM). “Por suas manifestações atmosféricas, este episódio é um dos mais poderosos” diz a OMM em um boletim.
“Seus efeitos mais importantes registrados nos últimos meses são as inundações devastadoras na Austrália”, indicou o chefe dos serviços climatológicos da OMM, Rupa Kumar Kolli, em entrevista à imprensa. “Atribuímos também à atual la niña as precipitações superiores à média registradas na África Austral e ao déficit pluviométrico constatado no leste da África Equatorial, na parte central do sudoeste da Ásia e no Sudeste da América do Sul”, informa a OMM.
O episódio atual do la niña também é responsável, segundo a OMM, por “chuvas bem acima da média em algumas regiões da Indonésia e do sudeste asiático”. Para a Europa, a influência do la niña sobre o clima ainda não foi comprovada cientificamente, segundo a OMM.
A organização com sede em Genebra explica que “quase todos os cálculos numéricos preveem a persistência do atual episódio la niña pelo menos pelos próximos quatro meses, ou seja, até o fim do primeiro trimestre de 2011 (abril ou início de maio)”.
Depois, segundo a OMM, a intensidade do fenômeno vai diminuir.Ao contrário do el niño, la niña se caracteriza por uma queda das temperaturas médias na superfície do mar no centro e no leste do Pacífico Equatorial.
El niño, que dominou por mais de dois anos, foi substituído pelo la niña em junho/julho passado. As variações de temperatura que esses fenômenos provocam estão estreitamente correlacionadas com grandes variações do clima observadas em todo o mundo. Uma vez formados, eles persistem geralmente por nove meses, ou mais.
Fonte JC OnLine
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