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domingo, 21 de novembro de 2010

TELECOMUNICAÇÕES - OPERADORAS DE TELEFONIA INVESTEM NOS WEBPHONES


Depois da popularização dos celulares com câmera e tocadores de músicas, a aposta da indústria para este Natal está focada no smartphone popular, conhecido no mercado como webphone ou neosmartphone. Este aparelho tem menos recursos que um smartphone, mas possui uma grande vantagem em relação aos modelos mais simples e mais avançados: dá acesso a e-mails e redes sociais por um preço bem mais camarada que os desejados telefones inteligentes, a exemplo do Iphone.

A diferença básica entre os dois grupos de celulares é que os smartphones têm sistema operacional e acesso a lojas de aplicativos. Basicamente, o sistema operacional é o principal programa de gerenciamento de um computador. Ou seja, na prática, o smartphone é um computador de bolso. O outro, apenas um celular com recursos avançados. Mas são neles que a indústria vai apostar as fichas, como é o caso da coreana LG.

“Este Natal será o melhor em dez anos e o celular está entre os três primeiros aparelhos eletrônicos na lista dos consumidores. Estamos trabalhando com um crescimento de 10% em relação ao ano passado e os neosmartphones vão crescer acima deste patamar”, considera o diretor de vendas de celular da LG, Marcus Daniel. Na sua opinião, com penetração de 100% de celulares na população brasileira, o cliente está procurando a troca de aparelho. “Quem tem um celular sem câmera vai querer um com este dispositivo e quem já tem, vai procurar outro melhor. O acesso à internet e redes sociais representam este movimento de renovação.”

Na avaliação do executivo, dentro do contexto de renda brasileiro, os webphones são a forma mais barata de criar a cultura dos aparelhos avançados tecnologicamente entre os consumidores. A principal barreira entre as tecnologias é o preço. Apesar de já ser possível encontrar nas lojas smartphones abaixo da linha dos R$ 1.000, os webphones podem ser encontrados por até R$ 400. Ou seja, há uma distância de superior ao dobro entre um e outro. “Há pouco tempo os smartphones custavam acima de R$ 1.500. Acredito que rapidamente chegarão opções a R$ 799.”

Na prática, o cliente pode comprar smartphones em condições mais baratas, basta ter um plano de minutos e as operadoras dão bônus, em troca de um período de carência. O interesse das operadoras é estimular o tráfego de dados em suas redes e assim aumentar a rentabilidade. Para isso, investiram na ampliação das redes 3G, que possibilitam maior volume de tráfego.

Uma das mais agressivas neste sentido é a TIM, que reservou 80% de sua oferta de aparelhos em web ou smartphones. Do total de 28 modelos disponíveis nas prateleiras, 8 são smartphones e 20 webphones. As ofertas focam, inclusive, os clientes pré-pagos. “Um exemplo é o LG T300, webphone que entra nas redes sociais com plano pré-pago. Parcelamos o aparelho em 12 vezes de R$ 30 reais e, por R$ 0,50 ao dia, o cliente tem acesso às redes sociais. No total, a despesa é de R$ 45 mensais, mais barato que frequentar uma lan house”, compara o executivo Consumer da TIM, Eduardo Valdes.

Leonardo Spinelli - JC On Line

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