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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

POLÊMICA - PRODUTOR GARANTE QUE BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DE PERNAMBUCO VAI ACONTECER

Literatura, futebol e identidades nacionais e De Gutemberg à era digital são os dois temas das bienais anunciadas para os dias 4 a 13 de outubro, no Centro de Convenções de Pernambuco, no Grande Recife. O primeiro é organizado pela Cia. de Eventos, produtora da Bienal Internacional do Livro desde 2001, enquanto o segundo é proposto pela Associação do Nordeste dos Editores e Distribuidores de Livros (Andelivros), que também reivindica sua participação nas edições da feira. Diante da polêmica, a Cia. de Eventos chamou a imprensa, nesta quarta-feira (27). A coletiva dos livreiros é à noite.

"A nossa Bienal vai acontecer, mesmo que tenham duas, três ou quinze", garantiu o coordenador do evento, Rogério Robalinho. O produtor afirmou que a 9ª Bienal do Livro é organizada desde 2011, quando foi realizada a última edição. De acordo com balanço divulgado nesta quarta, 60% do espaço comercial da feira já estão previamente reservados com expositores nacionais e locais. A negociação da forma e do prazo de pagamento do Centro de Convenções e os nomes que serão trazidos também são articulados.

Rogério Robalinho aproveitou a oportunidade para alfinetar a Andelivros. "Dizem que vão fazer a bienal que anunciamos há dois anos, também no Centro de Convenções. O que falta são os atores que precisam para ter credibilidade para fazer as articulações", afirmou. O curador do evento, o poeta Wellington de Melo, disse ainda que é necessário mais tempo que o disponível à associação para a Bienal ser organizada. "Por problemas de agenda, há escritores que estamos articulando agora para a edição de 2015, por exemplo", explicou.

Não só a organização da Andelivros foi criticada durante a coletiva de imprensa desta manhã. "Não basta trazer best-sellers. Isso não é só uma feira de livros, é um espaço de construção de cultura", afirmou o curador, interrompido pelo produtor, que disse "não só o Padre Marcelo Rossi". Nessa terça-feira (26), a Andelivros havia informado ao Jornal do Commercio que dois prováveis convidados eram o padre e a jornalista Sônia Bridi.

O produtor acusou a entidade de fechar os acordos de última hora. “Desde o início, a Cia. de Eventos assumiu todo o risco. Depois que a feira se tornou sucesso, a associação quis cobrar participação. Em todas as edições, eles dizem que não vão participar e, na última hora, quando têm a confirmação dos bônus do Governo do Estado para os professores, assinam o acordo", afirmou Rogério Robalinho.

Na última edição da feira, a disputa chegou à Justiça, quando, discordando da cobrança de ingressos, a Andelivros fez um pedido de tutela, que foi deferido por um juiz da 26ª Vara Cível do Recife, suspendendo o pagamento para entrada na feira, às vésperas do evento. Rogério Robalinho recorreu, derrubou a liminar e o ingresso foi cobrado.

Fonte - NE10/Blog do Fredson/Portal Araripina

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