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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

DISCURSO - DILMA PROMETE DETALHAR PROPOSTAS NO 2º TURNO


Em tom sereno, a candidata à presidência da República pelo PT, Dilma Roussef, fez uma breve declaração na noite deste domingo (3), após as urnas definirem a realização do 2º turno, em 31 de outubro, contra o candidato tucano José Serra. Acompanhada do vice Michel Temer, a petista disse estar preparada para enfrentar a disputa e que agora terá mais tempo para detalhar suas propostas e programa de governo.

"Considero esta campanha um momento especial na minha vida. Iremos encarar o 2º turno com garra e energia. Queremos que os 190 milhões de brasileiros possam desfrutar das riquezas deste País e para isso precisamos garantir condições de vida adequadas, com oportunidades para todos. Investiremos em educação de qualidade, em uma saúde equiparada com os países de primeiro mundo e segurança de qualidade", discursou Dilma.

A petista aproveitou a declaração, para cumprimentar tanto o candidato José Serra, quanto a representante do PV, Marina Silva, que alcançou uma margem de voto acima daquela prevista pelos principais institutos de pesquisas do Brasil. A candidata verde já está sendo considerada o fiel da balança para a definição do pleito, no dia 31 de outubro.

Antes de se despedir, a candidata de Lula prometeu conceder entrevista coletiva nesta segunda-feira (4), às 16h30. "Durante esta conversa vocês terão a oportunidade de fazer as perguntas que quiserem. Estamos fazendo esta declaração em respeito à militância e a vocês da imprensa. Volto a afirmar que é importante ter participado deste processo e chegado até aqui. A partir de amanhã (segunda), começaremos a pensar na disputa", encerrou a presidenciável.

PERNAMBUCO - EDUARDO CAMPOS DIZ QUE VITÓRIA FOI HISTÓRICA


O governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), sagrou-se proporcionalmente o candidato mais bem votado do Brasil, com 82,84% (99,99% das urnas apuradas). Apoiado em uma diferença de 2,8 milhões de votos para o principal adversário, Jarbas Vasconcelos (PMDB), Eduardo comemorou afirmando que se tratava da maior vitória da história política do Brasil.

Fez a referência ao fato primeiramente durante a entrevista coletiva em um hotel, no bairro de Boa Viagem, e depois a repetiu de forma mais contundente no pronunciamento para a militância, no Marco Zero, por volta das 22h. "O povo de Pernambuco derrotou não só uma pessoas, mas um jeito retrógrado de fazer política, que foi enterrado com o voto do povo de Pernambuco."

Eduardo Campos evitou fazer qualquer relação direta com a vitória do mesmo Jarbas sobre o seu avô falecido, Miguel Arraes, na campanha para governador em 1998. Mas fez críticas indiretas. "Não aprendi com doutor Arraes a carregar ódio ou ressentimento no coração. Aprendi a ter coragem, a enfrentar as dificuldades. Não foi uma vitória de revanche ou de revide. Foi a vitória do futuro", disse o governador.

Cerca de mil pessoas compareceram ao Marco Zero para acompanhar o primeiro pronunciamento público do governador após o resultado das urnas. Os dois senadores eleitos pela Frente Popular, Armando Monteiro (PTB) e Humberto Costa (PT), também discursaram para os militantes

No palco, estavam presentes ainda o deputado federal eleito João Paulo (PT), a mãe do governador e deputada federal eleita, Ana Arraes (PSB), o prefeito do Recife, João da Costa, familiares e amigos dos candidatos. "Foi uma resposta à mesquinharia, à difamação. Ela veio pela expressão do povo de Pernambuco".

O governador viaja para Brasília ao lado de Humberto e Armando, por volta das 12h desta segunda-feira, para conversar com a candidata à presidência Dilma Rousseff. A coordenação da campanha vai repassar as orientação sobre como serão os procedimentos durante o segundo turno da disputa presidencial. "Vamos invadir as ruas a partir de amanhã. É a hora de vestir a camisa e eleger Dilma."

RECONHECIMENTO - JARBAS CREDITA DERROTA À OPOSIÇÃO QUE FEZ A LULA


O candidato ao Governo de Pernambuco Jarbas Vasconcelos (PMDB), durante coletiva de imprensa na noite deste domingo (3), reconheceu sua esmagadora derrota para o governador Eduardo Campos (PSB), eleito com 82% dos votos. "Reconheço a derrota. Não transfiro a culpa para ninguém. Sempre soube que a luta era desigual. Quando entro numa coisa, analiso todas as perspectivas. Eu sabia que ia enfrentar uma dificuldade muito grande", afirmou.

Entre os motivos citados para o insucesso, ele ressaltou sua forte oposição ao presidente Lula (PT), que é bastante apoiado em Pernambuco. "Talvez eu esteja pagando o preço por ser oposicionista. Um presidente que tem popularidade acima de 80% pode amedrontar outros, mas a Jarbas Vasconcelos ele não amedontra. O meu Estado, que sempre me admirou, que sempre votou comigo, que sempre me deu vitórias, neste momento não entendeu assim e achava que eu não deveria fazer oposição, talvez devesse ficar calado, omisso e silencioso em relação à conduta do Governo Federal. Não é por isso que vou deixar de falar, de criticá-lo".

Jarbas Vasconcelos lamentou profundamente a não reeleição de Marco Maciel ao Senado. "É com tristeza, como cidadão e como político, que vejo Maciel excluído do Senado". Quanto a Raul Jungmann, Jarbas disse ter um sentimento de culpa. "Ele foi candidato ao Senado porque eu pedi e vai ficar sem mandato também. São perdas que considero lamentáveis".

Após todas as lamentações, o peemedebista se mostrou empenhado na candidatura de Serra à presidência. Segundo ele, ajudar Serra foi um dos motivos que o fez se candidatar. "É o mais qualificado dos políticos brasileiros para ocupar a Presidência da República nessa fase pós Lula. Ele tem qualidade pra isso. A campanha pode não ter sido as mil maravilhas, mas ele vai pro segundo turno e eu vou me empenhar como se fosse uma eleição minha", defendeu Jarbas, que viaja para Brasília nesta segunda-feira (4), quando volta ao Senado e continua sua firme oposição.

COOPTAÇÃO - Mais uma vez Jarbas voltou a acusar o governador Eduardo Campos de cooptação de membros da oposição. "O governador fez a cooptação total e completa. É uma política que eu considerava já totalmente superada, que é a do toma lá e dá cá, você me dá os votos e eu lhe faço isso", declarou.

NÚMEROS - Jarbas teve menos votos que seus aliados e candidatos ao Senado. Enquanto o peemedebista recebeu 585.719 votos, Maciel teve 934.708, ficando em terceiro lugar na disputa pelo Senado. Até Raul Jungmann, 4° colocado na corrida pelo Senado, superou o candidato a governador, com 599.933.

ARMANDO AFIRMA QUE UNIDADE POLÍTICA FOI PRIMORDIAL PARA SUA ELEIÇÃO




O senador eleito Armando Monteiro (PTB) surpreendeu ao terminar como o mais bem votado em Pernambuco (39,87%), à frente do aliado petista, Humberto Costa (38,82%), que ficou com a segunda vaga. Disse que foi "uma vitória da unidade".

A princípio, a disputa de Armando era com o senador Marco Maciel. Mas o democrata parou nos 11,86%, sem ameaçar a vitória dos candidatos da Frente popular. "Houve a compreensão do eleitor do sentindo de unidade da chapa. Essa é a razão da votação tão semelhante (entre Armendo e Humberto)", declarou.

Há quatro anos, Armando Monteiro havia sido o deputado federal mais votado em Pernambuco. "A vida política é feita de vitórias e derrotas. Quem se submete às disputas políticas corre o risco de perder. No nosso caso, felizmente, vencemos."

Armando e Humberto substituem no ano que vem Marco Maciel e Sérgio Guerra (PSDB). "Penso em honrar essa votação que o povo me deu com o compromisso de manter a unidade feita aqui", declarou Armando.

Também foram votados na disputa pelas vagas ao Senado Raul Jungmann (PPS), com 7,61% dos votos; Renê Patriota (PV), com 1,58%; Hélio Cabral (PSTU), com 0,08%; Simone Fontana, com 0,07%; Lairson Lucena (PRTB), com 0,06%; e Danúbio Aguiar (PCB), com 0,05%.

HUMBERTO COSTA GARANTE QUE VAI CUMPRIR O MANDATO DE SENADOR


Cotado para assumir algum ministério caso a candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), seja eleita, o senador eleito por Pernambuco Humberto Costa (PT), com votação de 38,82%, garantiu que a princípio pensa em cumprir o seu mandato no Senado. "Não há a mínima possibilidade de eu não ir para o Senado", declarou.

O petista afirmou que estava "com a alma lavada" após a vitória. "No começo, me candidatava para majoritário para aumentar o espaço do PT em Pernambuco. Em 2006 (candidato ao governo do Estado), o cavalo passou selado. Agora, vencemos. Não é um cala-boca para ninguém. Para mim, é uma quebra de tabu. Vencer essa eleição, de certa forma, lava a minha alma", declarou.

Humberto disse ainda que o fato de ele e Armando Monteiro (PTB) terem votação semelhante era algo natural. "Se analisarmos, em todas as eleições ao Senado com dois candidatos, a diferença é sempre pequena."

O suplente do petista é Joaquim Francisco (PSB). "Me apresentei à sociedade como candidato ao Senado para recuperar algo que perdemos, de estarmos tanto com o presidente quanto com o governador. Entendo que a melhor forma de ajudar Pernambuco atualmente é no Senado", garantiu Humberto.

Durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Humberto Costa ocupou o cargo de ministro da Saúde. Saiu após o episódio que ficou conhecido como o escândalo da Máfia dos Vampiros. Este ano, foi absolvido das acusações de irregularidade.

FONTE - JC

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