Riscos de tombamento, problemas com a segurança térmica e escapamento de gás. Esses foram os principais problemas encontrados em fogões testados pela Associação de Consumidores Proteste, que reprovou 12 de 21 produtos avaliados.
A Proteste aponta que uma grande preocupação dos usuários é em relação ao escapamento de gás. Segundo a entidade, vale estar atento também à aquisição de botijões de gás de cozinha, o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP).
Isso para evitar acidentes como a explosão ocorrida no Parque Dois Irmãos no Recife. Embora a fatalidade tenha sido provocada pela mistura de outros gases inflamáveis, é preciso obedecer sempre às regras de segurança.
Dos 21 produtos avaliados, três aparelhos com acendimento elétrico apresentaram teor de monóxido acima do nível considerado seguro. Os testes foram realizados com fogões de acendimento elétrico e manual.
O resultado que mais surpreendeu a entidade de defesa foi em relação ao risco de tombamento. Quase metade dos fogões não suportou o peso de 22 kg colocado sobre a porta do forno aberta. Dez modelos foram reprovados. O mesmo teste realizado no ano passado não havia detectado risco de tombamento nos produtos avaliados.
Em relação à segurança térmica, quatro produtos foram eliminados por ultrapassarem os limites de temperatura considerados seguros. Com os resultados, a Proteste solicitou ao Inmetro, ao Ministério Público Federal e ao Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) mais fiscalizações.
ATENÇÃO EM DOBRO
Paralelamente, a entidade de defesa do consumidor reforça que o usuário deve avaliar as marcas que oferecem mais segurança antes de comprar o eletrodoméstico.
No que se refere à compra de gás de cozinha, entre as principais orientações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), está a de que o consumidor adquira o produto em revendas autorizadas. Os botijões devem estar lacrados, com inscrição em alto-relevo da marca da distribuidora, além de trazer rótulo com instruções de uso, nome e telefone da distribuidora. Observe também se o mês e ano de fabricação estão legíveis – o botijão pode ter até 15 anos.
NOTA - Se desconfiar de vazamento, feche o registro e ligue para o Corpo de Bombeiros (193). Depois, reclame do botijão com o revendedor, que é obrigado a prestar assistência técnica. Em caso de irregularidade, telefone para a empresa distribuidora e, em seguida, com a ANP (0800-970-0267).
Do JC Online
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