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terça-feira, 16 de outubro de 2012

BRASIL - ESTUDO REVELA OS DESAFIOS DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

A conectividade explodiu no Brasil nos últimos anos. Junto com ela, veio o aumento em capacitação para inovação, investimentos e competitividade. O governo reconheceu a importância da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e está apostando em programas de estímulo. Mas até que ponto o Brasil ocupa uma posição de destaque em rankings internacionais e faz jus ao seu potencial?

Um estudo patrocinado pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) e pela Brasil IT+ (representante de instituições e empresas da área) para a Economist Intelligence Unit (EIU), braço do grupo The Economist, analisa as limitações que o Brasil precisa superar e as áreas em que já tem um bom desempenho.

Entre as principais conclusões, está a necessidade de melhorar a qualidade das universidades privadas, investimento tido como essencial para driblar o déficit de capital humano. O material mostra que houve progresso, mas ainda levará tempo para que os benefícios sejam sentidos.

“No Brasil, ainda temos uma contribuição muito alta apenas de pesquisadores da esfera pública. Para se ter ideia, 90% dos artigos acadêmicos são produzidos nas universidades públicas e 75% dos pesquisadores estão na academia. Por outro lado, temos um volume muito grande de estudantes nas universidades privadas, que explodiram na última década. É preciso aumentar esse ensino e crescer o investimento em inovação”, explica o diretor de desenvolvimento de mercados da Brasscom, Sérgio Pessoa. Uma das fórmulas de sucesso do Vale do Silício, na Califórnia (EUA), por exemplo, é essa convergência. O ensino é bastante forte, e os cérebros são voltados para Pesquisa & Desenvolvimento (P&D).

Apesar de ser líder global em P&D, o Brasil ainda está abaixo da média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). De acordo com o estudo, reforçar o papel do setor privado é essencial para reduzir essa disparidade. Em economias altamente inovadoras, como a Coreia do Sul, as empresas respondem por uma parcela muito maior de Pesquisa e Desenvolvimento.

“Aqui, apenas 46% do desenvolvimento de P&D vêm do setor privado. Na Coreia do Sul, esse percentual está na casa dos 70%. Nosso setor privado participa pouco e está pouco foca do nas necessidades de mercado”, diz Pessoa.

Como ponto positivo, o estudo aponta a qualidade dos mercados financeiros do Brasil, o que nos faz subir em rankings internacionais. Embora os brasileiros mantenham a parcimônia em relação à concessão de crédito, outras fontes de financiamento estão surgindo com rapidez, à medida que os mercados de capitais do Brasil se aprofundam e as empresas estrangeiras de capital de risco entram no mercado.

“De uma maneira geral, a perspectiva é bem positiva. O acesso ao capital aumentou, os custos e juros vêm diminuindo. Muitas empresas globais estão investindo aqui. Temos políticas governamentais de fomento, como o TI Maior. Somos o quinto mercado de TIC no mundo, perdemos para Estados Unidos, China, Japão e Reino Unido”, finaliza o diretor.

Fonte: Agência Estado

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