A ex-senadora Marina Silva decidiu se filiar ao PSB do governador Eduardo Campos (PE). A decisão foi tomada após conversas iniciadas na noite de ontem e concluídas na manhã deste sábado (5).
Assim como Marina, Campos é virtual candidato à Presidência da República. Há, entretanto, um desejo do PSB de ter a ex-senadora, que recebeu 19,6 milhões de votos na disputa presidencial de 2010, como vice na chapa do governador.
A união entre Marina e Campos tem o objetivo de formar uma consistente terceira via na corrida ao Planalto, em contraposição à candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e à postulação do oposicionista Aécio Neves (PSDB).
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A ida de Marina Silva para o PSB transforma o governador Eduardo Campos (PSB) na maior liderança da oposição no Brasil, avalia o publicitário Marcelo Teixeira, da Makplan. "Foi uma jogada sensacional", afirmou em contato com o Blog. Para o marqueteiro, que já trabalhou em campanhas do PT e do PSDB, o governador pernambucano conseguiu criar de forma surpreendente e competente o grande fato das eleições de 2014. Uma definição sobre qual dos dois, Campos ou Marina, irá ser o candidato do partido só deve acontecer no próximo ano. Apesar disso, avalia o publicitário, o governador tem mais potencial de articulação política que a ex-ministra.
Para Teixeira, a entrada de Marina foi um upgrade para o PSB, que deve crescer principalmente nas regiões metropolitanas, onde está boa parte do eleitorado da ex-ministra. "Não tem porque [o eleitorado de Marina] não ir [para o PSB]", diz. O marqueteiro explica que dentre os pré-candidatos postos, Eduardo é o que tem a proposta mais parecida com a dela, porque participou do governo e faz uma oposição propositiva.
Para o publicitário, a presidente Dilma Rousseff (PT) também sai ganhando com o afunilamento das candidaturas. "De partida, ela tinha três adversários, ficou com dois", explica. A petista deve disputar a eleição com Aécio Neves (PSDB) e com Eduardo ou Marina, pelo PSB. Segundo Teixeira, o senador mineiro é quem acaba perdendo com a turbinada de Eduardo.
Marina aparece em segundo lugar nas últimas pesquisas de intensão de voto, atrás da presidente, mas não conseguiu o número de assinaturas necessárias para criar seu partido, a Rede Sustentabilidade, até o prazo final para filiação a uma legenda visando as eleições do próximo ano.
Do NE10/Blo de Jamildo
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