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segunda-feira, 22 de junho de 2015

BRASIL - CRISE ECONÔMICA DESACELEROU OBRAS DO PAC 3

Um dos principais símbolos do PT no governo federal e bandeira pessoal da presidente Dilma Rousseff (PT), o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) desacelerou em 2015. A terceira edição do PAC, prometida na última campanha e anunciada durante o discurso de posse de Dilma, ainda não foi lançada e não há previsão para sair do papel.

Em maio, a União anunciou um contingenciamento de R$ 25,7 bilhões no orçamento destinado ao programa neste ano. No início do mês, o Planalto apresentou um plano de concessões que promete suprir em parte a necessidade de investimentos em obras de infraestrutura e logística.

Entre 2011 e 2014, o PAC investiu R$ 70,2 bilhões em empreendimentos em Pernambuco ou que passam pelo Estado, segundo o último balanço apresentado pelo Ministério do Planejamento. Outros R$ 26,5 bilhões foram estimados para os próximos anos. Apesar do montante, algumas das principais ações no Estado estouraram os prazos iniciais, como a Transposição do Rio São Francisco, a Refinaria Abreu e Lima e a Ferrovia Transnordestina.

Mesmo tratando o tema com cautela, o secretário estadual de Planejamento, Danilo Cabral (PSB), admite que o esfriamento do PAC é um motivo de preocupação para o governo do Estado.

“Quando nós estivemos em março na reunião dos governadores do Nordeste com a presidente Dilma, foi dito que as obras do PAC não sofreriam restrição financeira, mesmo no cenário de retração fiscal que estava por vir. Foi anunciado que essas obras seriam prioritárias. E o que a gente viu é que nós temos também cortes ou distensionamentos da execução de obras do do PAC”, se queixa. “De outubro para cá, o povo brasileiro tem tido um conjunto de frustrações”, alfineta.

Em Pernambuco, uma das ações mais esperadas do PAC 3 era o Arco Metropolitano, eixo viário que promete ligar o Porto de Suape à Mata Norte desafogando o trânsito em torno da Região Metropolitana do Recife (RMR). A obra, cuja licitação pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) era aguardada há meses, acabou sendo inserida no pacote de concessões e agora depende da atração de parceiros privados.

Por Paulo Veras, do Jornal do Commercio deste domingo (21)

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