O Brasil chegou ao seu décimo jogo seguido com vitória após o fiasco na Copa do Mundo ao bater Honduras por 1×0 na noite desta quarta-feira no Beira-Rio, em Porto Alegre. Foi o último amistoso da Canarinha antes da estreia na Copa América, no próximo domingo (14), diante do Peru, em Temuco. Quem esperava um baile viu o adversário do time de Dunga fazer uma boa marcação e inibir o jogo veloz dos brasileiros.
A postura de Honduras não deixou de ser surpreendente na maior parte do primeiro tempo. O time de Jorge Luis Pinto oscilou entre a pressão média, na região do círculo central, e alta – dificultando a saída dos zagueiros Miranda e David Luiz. Apesar de ter muita gente pelo meio o Brasil insistiu em criar suas jogadas no setor. Resultado: a bola batendo e voltando e, quase inevitável, muitas faltas. Foram nada menos que 22 nos primeiros 45 minutos, 11 para cada lado.
Nesse panorama truncado o Brasil começou a levar mais perigo nas bolas paradas. Em duas jogadas ensaiadas chegou perto. Só quando usou os lados do campo e em velocidade, o espaço abriu para finalizar. Até que aos 32, uma linha de passes verticais deu certo. Phillippe Coutinho para Filipe Luís e este rasteiro para Roberto Firmino tocar entre as pernas de Valadares. Depois do gol, William ainda acertou a trave esquerda.
Na volta para o segundo tempo, os pentacampeões mudaram triplamente. Neymar, Douglas Costa e Thiago Silva entraram nos lugares de Phillippe Coutinho, William e David Luiz. A característica, principalmente no meio de campo mudou. Douglas Costa carrega a bola mais que Coutinho e o Brasil passou a ser presa fácil da marcação hondurenha. O maior sintoma foi o abuso da ligação direta.
Na primeira vez que pôs a bola no chão e e usou velocidade o Brasil criou duas ótimas situações de gol em sequência. Com 19 minutos de jogo, Fred e Neymar pararam nas mãos de Valadares. As chances foram menores do que no primeiro tempo, mas ainda assim o Brasil foi o time mais inspirado, até porque a diferença técnica entre os atletas das duas equipes é muito grande.
DESTAQUE
Douglas Costa entrou com vontade de ganhar uma vaga no time. Embora não tenha a mesma capacidade de articulação de William, o jogador foi útil na individualidade: correu, driblou e finalizou quando encontrou espaço. Pode ser uma boa alternativa contra adversários muito fechados.
NÚMEROS
Dunga chegou à décima vitória seguida com 21 gols marcados e apenas dois sofridos. Entra na Copa América com o bom retrospecto e a responsabilidade de manter o bom momento.
A PRIMEIRA VEZ
Desde que estreou na Seleção principal, em 2010, Neymar ficou no banco de reservas pela primeira vez. Dunga optou por usá-lo apenas 45 minutos, já que o jogador veio de jogos desgastantes na reta final da Liga dos Campeões da Europa. Ele teve duas chances em cobrança de faltas e uma dentro da área, bem defendida pelo goleiro.
Ficha do jogo:
Brasil: Jefferson – Fabinho (Marquinhos, 74), Miranda, David Luiz (Thiago Silva, 46), Filipe Luís – Casemiro, Fernandinho, Fred (Elias, 79), Philippe Coutinho (Neymar, 46), Willian (Douglas Costa, 46) – Roberto Firmino (Robinho, 70). T: Dunga.
Honduras: Valladares – Brayan Beckeles, Johnny Palacios, Leveron, Maynor Figueroa, Emilio Izaguirre (Brayan García, 85) – Garrido (Alfredo Mejía, 46) , Boniek García (Mario Martínez, 37), Bryan Acosta (Carlos Discua, 84), Andy Najar (Carlos Mejía, 75) – Anthony Lozano (Erick Andino, 72). T: Jorge Luis Pinto.
Estádio: Beira Rio (Porto Alegre). Público: 22.305. Árbitro: Anthony Vargas. Auxiliares: Wilson Arellano e Edwin Paredes (trio boliviano). Gol: Roberto Firmino, aos 32 do primeiro tempo. Cartões amarelos: Fabinho, Filipe Luís, Robinho, Palacios e Mejía.
Do Blog do Torcedor
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