Petrolina e Araripina têm mais em comum do que nomes que rimam e o fato de pertencerem à mesma macrorregião. As duas cidades sertanejas são os destaques do estado nas pesquisas sobre a Produção da Agricultura Municipal 2010 e a Produção da Pecuária Municipal 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Lideram, respectivamente, os rankings nacionais de produtoras de uvas e de mel. No caso de Araripina, uma marca inédita.
Conforme os dados do IBGE, Araripina produziu 655 toneladas de mel em 2010, 145 a mais do que Ortigueira, no Paraná, segundo município da lista, e equivalente a 1,7% do total nacional. Bodocó, também no Sertão do Araripe, ficou na 12ª colocação, com 300 toneladas. Entre os estados, Pernambuco ocupa o nono lugar.
Para o presidente da Federação das Entidades de Apicultura e Meliponicultura de Pernambuco (Feampe) e do Fórum de Agricultura do Sertão do Araripe (Pasa), Idelfonso Lima , a marca é resultado de uma combinação de fatores. Ele diz que, embora a atividade seja realizada em Araripina há mais de 30 anos, só passou a se organizar a partir de 2003, com a criação do Projeto Apis Nordeste, do Sebrae estadual. “Depois da capacitação, os produtores entraram em um patamar de profissionalismo superior ao das outras regiões do Brasil”, afirma.
A capacitação somou-se às características naturais do município, que são propícias ao cultivo de mel. A florada no Sertão do Araripe é mais longa do que em outras regiões, chegando a sete meses de duração. “A média nacional de produção é de 25 quilos por colmeia. Aqui, alcançamos de 65 a 70 quilos e, em alguns casos, cem”, diz Lima. Segundo ele, os agricultores familiares, responsáveis por cerca de 80% da produção, têm de 50 a cem colmeias. Os profissionais, em torno de 500.
A liderança poderia estar ainda mais consolidada, de acordo com a supervisora estadual das pesquisas agropecuárias do IBGE, Remonde Gondim de Oliveira. “Por ser um município de fronteira, é comum que as pessoas venham do Piauí e do Ceará, arrendem uma terra aqui, coloquem as colmeias, colham o mel e levem para seus estados. Então, o produto é contabilizado por lá”, explica. Lima confirma a existência do problema. “Araripina é o que mais produz, mas Pernambuco não vende nada. Todo o mel sai como matéria-prima e é beneficiado em outros estados, como Ceará, Piauí, São Paulo e Santa Catarina.”
Em Petrolina, primeira colocada do ranking nacional desde 2006, foram produzidas 141 mil toneladas de uvas em 2010, ou seja, 10,5% do total no país e 72,5% no estado. A distância, em relação ao segundo lugar, Bento Gonçalves (RS), foi de 41 mil toneladas. “A uva é o segundo produto do estado e vem ganhando espaço devido à exportação”, diz Remonde. Também contribui o fato de a região ser a única do mundo capaz de produzir duas safras e meia ao ano. O gerente da unidade Petrolina do Sebrae, Rodrigo Almeida, lembra que a maioria das uvas cultivadas no município é de mesa.
Fonte - Pernambuco.com
Conforme os dados do IBGE, Araripina produziu 655 toneladas de mel em 2010, 145 a mais do que Ortigueira, no Paraná, segundo município da lista, e equivalente a 1,7% do total nacional. Bodocó, também no Sertão do Araripe, ficou na 12ª colocação, com 300 toneladas. Entre os estados, Pernambuco ocupa o nono lugar.
Para o presidente da Federação das Entidades de Apicultura e Meliponicultura de Pernambuco (Feampe) e do Fórum de Agricultura do Sertão do Araripe (Pasa), Idelfonso Lima , a marca é resultado de uma combinação de fatores. Ele diz que, embora a atividade seja realizada em Araripina há mais de 30 anos, só passou a se organizar a partir de 2003, com a criação do Projeto Apis Nordeste, do Sebrae estadual. “Depois da capacitação, os produtores entraram em um patamar de profissionalismo superior ao das outras regiões do Brasil”, afirma.
A capacitação somou-se às características naturais do município, que são propícias ao cultivo de mel. A florada no Sertão do Araripe é mais longa do que em outras regiões, chegando a sete meses de duração. “A média nacional de produção é de 25 quilos por colmeia. Aqui, alcançamos de 65 a 70 quilos e, em alguns casos, cem”, diz Lima. Segundo ele, os agricultores familiares, responsáveis por cerca de 80% da produção, têm de 50 a cem colmeias. Os profissionais, em torno de 500.
A liderança poderia estar ainda mais consolidada, de acordo com a supervisora estadual das pesquisas agropecuárias do IBGE, Remonde Gondim de Oliveira. “Por ser um município de fronteira, é comum que as pessoas venham do Piauí e do Ceará, arrendem uma terra aqui, coloquem as colmeias, colham o mel e levem para seus estados. Então, o produto é contabilizado por lá”, explica. Lima confirma a existência do problema. “Araripina é o que mais produz, mas Pernambuco não vende nada. Todo o mel sai como matéria-prima e é beneficiado em outros estados, como Ceará, Piauí, São Paulo e Santa Catarina.”
Em Petrolina, primeira colocada do ranking nacional desde 2006, foram produzidas 141 mil toneladas de uvas em 2010, ou seja, 10,5% do total no país e 72,5% no estado. A distância, em relação ao segundo lugar, Bento Gonçalves (RS), foi de 41 mil toneladas. “A uva é o segundo produto do estado e vem ganhando espaço devido à exportação”, diz Remonde. Também contribui o fato de a região ser a única do mundo capaz de produzir duas safras e meia ao ano. O gerente da unidade Petrolina do Sebrae, Rodrigo Almeida, lembra que a maioria das uvas cultivadas no município é de mesa.
Fonte - Pernambuco.com
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