É muito comum que a mochila, item fundamental do material escolar, acabe sendo escolhida pela beleza estética, pelo preço ou porque traz a imagem do personagem favorito da criança. No entanto, ao escolher a mochila com a qual, provavelmente, seu filho ou filha passará o ano letivo, a fisioterapeuta e ergonomista do SESI-PE Marília Menezes adverte sobre a importância de se preocupar com fatores como: o tipo de mochila, ergonomia e o peso transportado, para que a criança não desenvolva, ao longo do tempo, problemas de saúde, principalmente de coluna.
“Existem dois tipos recomendados: as bolsas escolares de carrinho, opção para quem não quer carregar nas costas, e a mochila de costas. Para esta última, a grande preocupação é com relação ao peso e às alças, que devem ter regulagem para que se possa fazer o ajuste conforme a criança que vai utilizar. O ideal é que a bolsa preencha toda a coluna. Não tem uma altura padrão. Mas se a alça for ficar muito lá embaixo, a bolsa acaba não ficando encostada nas costas. É preciso que preencha todo o tronco”, explica Marília Menezes.
Além disso, a fisioterapeuta do SESI-PE orienta que as alças sejam acolchoadas e largas, pois as muito finas acabam marcando a circulação, e devem ser apoiadas nos dois ombros. “Muita gente quer comprar bolsas assimétricas, que ficam cruzadas no corpo, apoiadas em apenas um ombro, mas elas não são recomendadas. Embora sejam bonitas, nem sempre a beleza é a principal recomendação. É preciso ser funcional”, complementa.
A profissional explica ainda que existe um limite seguro para o peso da mochila. “O peso máximo para se carregar é de 10% do peso da pessoa. Se uma criança tem 40 quilos, o peso que ela deve carregar na mochila é de 4 quilos”, exemplifica. Sobre isso, ela faz um alerta aos pais e responsáveis sobre a real necessidade de levar uma grande quantidade de material dentro da bolsa. “Se hoje a criança só tem três matérias no dia, por que levar mais do que esses três livros? Até porque, sabemos, às vezes, temos que carregar um item extra, como um guarda-chuva, um tênis ou uma roupa. É importante estar atento a isso”.
Se utilizar a mochila de modo errado virar padrão, Marília explica que a criança pode começar a sentir um desvio de coluna que acabará favorecendo a escoliose, característica bem intensa nesses casos, ou um aumento nas tensões musculares, uma vez que o músculo estará sobrecarregado. “Não podemos dizer que, a partir desses incômodos, há, necessariamente, uma doença como consequência, mas há uma probabilidade de desenvolver desvios posturais e, principalmente esse dolorimento por lesões musculares”, esclarece a fisioterapeuta.
Da Vera Cruz Comunicação para o Blog do Fredson
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