ARARIPINA

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PMA

sexta-feira, 16 de abril de 2010

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA - DICAS E SUGESTÕES DE CONVÍVIO


Muitas pessoas aparentemente não apresentam qualquer tipo de deficiência ficam confusas quando encontram outras que estão nessa condição. Isso é natural, todos nós podemos sentir desconforto diante do que consideramos “diferente”. Esse desconforto diminui e pode mesmo desaparecer com a convivência entre as pessoas com e sem deficiência.Ao se relacionar com uma pessoa com deficiência, não ignore a sua condição, pois você estará desprezando uma característica importante dessa pessoa.

Aceite a condição humana da deficiência. Ela é real e você deve considerá-la e encará-la com naturalidade.Não subestime as possibilidades,nem superestime as dificuldades de uma pessoa com deficiência . As pessoas com qualquer tipo de deficiência têm o direito, desejam, podem e devem tomar suas próprias decisões, além de assumir as responsabilidades pelas escolhas que fazem. Conviver com uma deficiência não faz com que uma pessoa seja melhor ou pior do que qualquer outra. Provavelmente, por causa de sua condição, essa pessoa pode sentir dificuldade para realizar algumas atividades, mas pode também possuir extrema habilidade para fazer outras coisas. Exatamente como todo mundo.

A maioria das pessoas com deficiência não se incomoda em responder a qualquer pergunta sobre a sua condição, principalmente quando feita por crianças. Porém, se não tiver muita intimidade com uma pessoa com deficiência, evite fazer questionamentos, principalmente de natureza íntima. Quando for pedir informação a alguém com deficiência, dirija-se diretamente a ele e não a seu acompanhante, ou no caso do surdo, a seu intérprete.

Sempre que puder ofereça ajuda, mas aguarde para saber se a pessoa com deficiência a aceita. Porém, não se ofenda se sua iniciativa for recusada, pois nem sempre estas pessoas precisam do seu auxílio. Às vezes uma determinada atividade pode ser realizada de melhor forma sem o apoio de terceiros. As pessoas com deficiência apresentam características especificas na audição, nas condições física, mental, visual e múltipla.

DEFICIÊNCIA AUDITIVA

As pessoas com Deficiência Auditiva preferem ser identificadas como Pessoas Surdas. Não é correto afirmar que alguém é “surdo-mudo”. É comum que pessoas surdas não consigam falar oralmente por não terem sido reabilitadas para tal. Muitas delas fazem leitura labial, seu processo de comunicação se dá através da utilização da língua Brasileira de Sinais LIBRAS e também mediante o uso de próteses auditivas.

Quando dialogar com surdos, e ele não estiver prestando atenção em você, acene ou toque levemente em seu braço. Quando estiver conversando, se expresse de maneira clara, pronunciando bem as palavras, mas sem exageros. Fale num ritmo costumeiro e num tom normal de voz, a não ser que lhe peça para conversar mais devagar e alto. Gritar não adianta, fale de frente para o surdo e nunca fora do seu campo de visão Evite ficar contra a luz, pois isso dificulta a visão de seu rosto.

Faça com que a sua boca esteja bem visível, gesticular ou segurar algo em frente aos lábios torna impossível a leitura labial. Seja expressivo ao falar. Como as pessoas não podem captar mudanças sutis em tons de voz que expressam alegria, tristeza, ou seriedade, as expressões faciais, os gestos e o movimento do seu corpo serão excelentes indicadores do que você quer dizer. Se for necessário, comunique-se através de bilhetes. O importante é interagir.

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

A deficiência intelectual nunca deve ser confundida com doença mental. Ao se deparar com uma pessoa com essa especificidade, haja com naturalidade. Trate-a com respeito e consideração, agindo sempre de acordo com sua faixa etária. Cumprimente e despeça-se normalmente de uma pessoa com deficiência intelectual, como faria com qualquer outra. Dê-lhe atenção, converse e haja naturalmente. Não super proteja e deixe que faça ou tente fazer sozinha tudo o que puder. Ajude apenas quando for realmente necessário. Não subestime sua capacidade, as pessoas com deficiência mental levam mais tempo para aprender, mas podem adquirir muitas habilidades intelectuais e sociais.

DEFICIÊNCIA VISUAL

As Pessoas com deficiência visual são comumente identificadas como pessoas cegas ou com baixa visão e, para se locomover, utilizam de bengala. Para escrever utilizam reglete, punsão, máquina de datilografia de Braille ou computador com impressora Braille. A leitura é feita utilizando-se o sistema Braille, tipos ampliados e processos sonoros através de gravações em CD ou sínteses de voz instalada em computadores.

Ao dialogar com uma pessoa cega ou com baixa visão, fique à vontade para utilizar termos como “veja” e “olhe”, pois elas usam tais palavras com naturalidade. Quando perceber que uma pessoa cega necessita de ajuda, identifique-se levemente no braço e pergunte de que forma pode ajudá-la. Quando a pessoa cega ou com baixa visão precisar de uma informação referente à localização, tenha sempre o cuidado de utilizar as expressões: à direita, à esquerda, acima, abaixo, em frente, atrás.

Se for conduzi-la, ofereça-lhe o cotovelo ou ombro. Assim, ela perceberá a existência dos obstáculos de subida e descida. Para indicar a uma pessoa cega onde sentar-se, conduza-a até o assento colocando sua mão no encosto e tenha o cuidado de informá-lhe se o assento tem braço ou não.

Deixe que ela sente-se sozinha. Lembre-se que nem sempre uma pessoa cega ou com baixa visão é colega, amiga ou parente da outra. Quando estiver conversando com uma pessoa cega ou com baixa visão e precisar se ausentar, não esqueça de avisá-la, evitando o constrangimento de deixá-la falando sozinha.

DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA

As pessoas com deficiência múltipla são aquelas que apresentam mais de uma deficiência associada. Portanto você poderá deparar-se com uma pessoa surdo-cega, ou com deficiência física e mental, por exemplo. A lesão cerebral é ocasionada antes, durante ou após o nascimento, causando desordem sobre os controles dos músculos do corpo. Não aborde uma pessoa com lesão cerebral como alguém incapaz. É importante respeitar o ritmo de uma pessoa com lesão cerebral.

Usualmente ela faz tudo de forma mais lenta, como andar, falar, pegar os objetos, etc. Tenha paciência ao ouvi-la, pois muitas delas têm dificuldade para falar. Equivocadamente, muitos confundem esta dificuldade e o ritmo lento com deficiência mental. Se a pessoa tiver dificuldade na fala e você não compreender imediatamente o que ela está dizendo peça para que repita.

Quem convive com esse tipo de dificuldade não se incomoda em repetir se necessário para que se faça entender. As pessoas com lesão cerebral são pessoas como você. Geralmente são tão inteligentes quanto as pessoas que não apresentam deficiência aparente e às vezes, até possuem inteligência acima da média. Lembre-se: o respeito está em primeiro lugar e só existe quando há troca de idéias, informações e vontade. Faça isso e verá o quanto é importante e enriquecedor aprender a conviver com a adversidade!

DEFICIÊNCIA FÍSICA

Na maioria dos casos as Pessoas com Deficiência Física se utilizam de cadeiras de rodas, muletas, bengalas ou próteses em geral. Quando você encontrar com alguém que utilize cadeira de rodas, lembre-se que é desconfortável para qualquer pessoa ficar olhando para cima por muito tempo. Portanto, quando conversar mais do que alguns minutos com uma pessoa com esta característica, lembre-se de sentar, para que ambos mantenham o olhar no mesmo nível.

Cadeira de rodas, bengalas, muletas ou próteses em geral fazem parte do espaço físico de quem às utiliza. É quase como que uma extensão do seu corpo. Agarrar ou apoiar-se numa cadeira de rodas é como fazer o mesmo numa cadeira comum. Isso muitas vezes é simpático, mas, só se houver muita amizade entre as pessoas envolvidas. Nunca movimente a cadeira de rodas sem antes pedir permissão.

Conduzir alguém em cadeira de rodas é bem diferente de empurrar um carrinho de supermercado. Quando estiver conduzindo uma pessoa em cadeira de rodas e parar para conversar com alguém, lembre-se de girar a cadeira para que ela também possa participar da conversa.

Se estiver caminhando ao lado de uma pessoa que anda devagar, com auxílio ou não de aparelhos ou bengalas, procure acompanhar seus passos. Fique atento à existência de barreiras arquitetônicas quando for escolher uma casa, restaurante, teatro ou qualquer outro local que queira visitar acompanhado de uma pessoa com deficiência física.

FONTE: Secretaria de Diretos Humanos da Prefeitura do Recife e Site Inclui-PE

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