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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

CARROS - AIRBAG PASSA A SER ÍTEM OBRIGATÓRIO


A Câmara dos Deputados aprovou ontem um projeto que inclui o airbag frontal para motorista e passageiro na lista de itens obrigatórios de carros, caminhonetes e picapes.

A medida segue para sanção presidencial. Se ratificada, os veículos sairão de fábrica já com o equipamento – importados também estão sujeitos à medida. Carros já em circulação não necessitarão fazer a adequação.

O texto prevê um cronograma de adaptação, ainda a ser definido pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Diz que os airbags deverão começar a ser instalados no primeiro ano após a regulamentação pelo conselho em novos modelos de veículos – ainda não desenvolvidos – e no quinto ano em modelos já existentes.

O próprio conselho já discutia a obrigatoriedade do airbag e do freio ABS, que seria adotada por regulamentação. Segundo Alfredo Peres da Silva, presidente do conselho e diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), a ideia é que a produção de veículos com airbags seja gradativa até 2014, quando todos deverão sair de fábrica com o item. Novos projetos podem ter de se adaptar até 2012.

A proposta do airbag constava no Código Brasileiro de Trânsito, mas foi vetada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) sob o argumento de que o item seria obsoleto no futuro.

Especialistas estimam que, hoje, de 15% a 25% dos veículos vendidos no País tenham o item. Entre os carros populares, o índice cai para menos de 5%. A escala pequena de produção torna o preço do equipamento alto. Como opcional, o airbag sai por R$ 2.070 em uma marca de carro popular achada na internet.

“Em larga escala, o preço poderia cair de 8% a 10%”, diz Ronaldo Ferreira, gerente de engenharia e desenvolvimento da Autoliv, uma das três companhias do ramo no Brasil.

“O custo maior do carro para o consumidor deve ser relativizado quando se trata de segurança”, diz o diretor do Denatran. “O Brasil gasta R$ 28 bilhões em acidentes por ano, além das mortes”, afirmou Silva.

Estudo do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi) aponta que, de 2001 a 2007, o uso do airbag poderia ter evitado 3.426 mortes de condutores de automóveis, vans e utilitários esportivos. Para a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), só o airbag pode não ter o efeito desejado. “Temos de avaliar a segurança completa, não só colocar um ou outro equipamento”, disse Marco Antonio Saltini, vice-presidente.

Fonte-JC

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