Você sabia que os consumidores mais abastados, das classes A/B, são os que mais compram produtos piratas? Uma pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular revela que 61% dos que estão nesta faixa de renda adquiriram pelo menos um item falsificado nos últimos 12 meses. Na nova classe média (classe C), o percentual cai para 56%, enquanto que nas classes mais baixas (D, E e F), esta participação é de 51% (leia mais sobre o assunto na matéria da edição impressa de economia deste domingo).
Para Renato Meirelles, sócio-diretor do Instituto Data Popular, o crescimento do consumo nas camadas mais ricas tem três causas. “Uma é que as pessoas das classes mais altas já têm status e, com um falsificado bem-feita, ninguém vai desconfiar deles. Ou seja, eles podem esfregar a etiqueta na cara dos outros e não levantar suspeitas. A segunda razão é que a mulher da classe B ainda está em busca de pertencimento, então elas vão atrás de marca, mas não podem pagar por ela, então acabam levando para casa o produto pirata.”
Por fim, Meirelles indica o avanço da tecnologia é terceiro facilitador deste consumo. “A internet tornou a falsificação quase incontrolável, porque fica acessível consumir de forma anônima. As 'dondocas' não precisam ir na sulanca, compram sem sair de casa”, afirma.
Os dados indicam ainda que os mais jovens se destacam no público-alvo de clientes dos falsificadores. Os brasileiros de 18 a 25 anos são os que mais compram produtos falsificados (65%). Em seguida aparecem os consumidores de 26 a 39 anos, com 61%. Já entre os brasileiros de 40 a 59 anos e a partir de 60 anos, os percentuais são de 57% e 34%, respectivamente.
No vídeo a seguir, Carlos Eduardo da Costa, inspetor chefe da Receita Federal do Porto de Suape, fala sobre a entrada de produtos falsificados no ancoradouro e como é realizada a fiscalização por parte da alfândega. Até agosto deste ano, mais de R$ 35 milhões em produtos falsificados foram apreendidos em Suape.
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