A Comissão Especial de Mobilidade Urbana da Assembleia Legislativa de Pernambuco, presidida pelo deputado estadual Silvio Costa Filho, realizou a 6ª audiência pública na manhã de segunda-feira (19), no Plenarinho III da Alepe. O encontro teve como foco ampliar o debate sobre os altos índices de acidentes envolvendo motocicletas no Estado.
Estiveram presentes o coordenador de logística do Comitê Estadual de Prevenção aos Acidentes de Moto, Major André Cavalcanti; o representante da Coopetrans (Cooperativa Especializada em Trânsito e Transporte), André Lira; a gerente de transporte e trânsito de Jaboatão dos Guararapes, Lúcia Recena; o diretor de fiscalização e engenharia do Detran-PE, Sérgio Lins; a presidente do Conselho Estadual de Trânsito, Simirames Queiroz; o diretor de transportes da CTTU, Carlos Augusto Elias; o superintendente da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) em Recife, Marcos Lima; e os parlamentares Odacy Amorim, José Maurício, Gustavo Negromonte, Aluísio Lessa e Silvio Costa Filho.
“Diante do crescimento assustador de pessoas que estão perdendo suas vidas decorrentes de acidentes de motocicleta, percebemos a necessidade urgente de reunir os órgãos competentes e a sociedade para discussão sobre o assunto. O objetivo é planejar alternativas e soluções para a problemática”, explicou Costa Filho.
Em Pernambuco, houve 469 óbitos relacionados a acidentes de motocicleta em 2011, de um total de 1.349 óbitos em acidentes de trânsito. Em relação a 2010 esse número diminuiu - 602 e 1.935 respectivamente -, mas ainda assim, segundo o Major André Cavalcanti, os índices são alarmantes. “Em 2009, 37.148 brasileiros morreram. São gastos R$ 30 bilhões em internações hospitalares anualmente, no Brasil, com vítimas do trânsito”.
O major destacou que o número de vítimas de motocicleta, e do trânsito no geral, são maiores no Interior de Pernambuco, e que uma das ações que estão dando certo para a redução desses acidentes é a Operação Lei Seca. “Fizemos um mapeamento para detectar as áreas mais críticas. A cidade de Ouricuri, no Sertão do Araripe, por exemplo, registrou nove mortes durante os dez dias da festa da padroeira da cidade em 2011. Neste ano levamos a Operação Lei Seca para o município, no mesmo período, e não houve nenhum óbito relacionado a motos”, relatou André Cavalcanti.
De acordo com Sérgio Lins, a frota de motocicletas em 2005 era de 285 mil no Estado. Esse número dobrou nos últimos cinco anos. “Com a facilidade de compra, o número de motociclistas vem crescendo gradativamente. Como consequência, temos um aumento de vítimas envolvidas em acidentes. Já virou epidemia”, frisou o diretor de fiscalização e engenharia do Detran-PE.
Já Carlos Augusto Elias, diretor de transportes da CTTU, acrescentou que no Interior a fiscalização não é tão eficiente e que isso cabe, também, aos municípios. “Sabemos que o Detran-PE não tem condições e nem competência de administrar todas as cidades do Estado, as prefeituras também precisam se empenhar”. “Temos que observar também se ações como inclusão de faixas exclusivas para motos são mesmo interessantes, já que em São Paulo não deu certo. As propostas têm que ser mesmo estudadas”, recomendou Carlos Augusto Elias.
“Passa a ser uma questão que envolve saúde pública, previdência social, transporte. Veja que o trânsito pode interferir em vários segmentos da sociedade. É questão de segurança ter mais agentes de trânsito nas ruas e verificar se as pessoas estão realmente aptas a conduzir o veículo”, disse Simirames Queiroz do Conselho Estadual de Trânsito da Secretaria das Cidades.
Já Lúcia Recena ressaltou a importância das campanhas educativas sobre o trânsito. “Qualquer evento patrocinado pela Prefeitura de Jaboatão, por exemplo, não pode passar da meia-noite. Com isso a gente tem identificado uma redução no número de acidentes de carro e de motos no município”.
O relatório final da Comissão de Mobilidade Urbana da Assembleia Legislativa será entre à sociedade no próximo dia 30 de abril. A distribuição ocorrerá em órgãos públicos, em universidades, escolas e bibliotecas.
Da ASCOM/Blog do Fredson/Portal Araripina
Estiveram presentes o coordenador de logística do Comitê Estadual de Prevenção aos Acidentes de Moto, Major André Cavalcanti; o representante da Coopetrans (Cooperativa Especializada em Trânsito e Transporte), André Lira; a gerente de transporte e trânsito de Jaboatão dos Guararapes, Lúcia Recena; o diretor de fiscalização e engenharia do Detran-PE, Sérgio Lins; a presidente do Conselho Estadual de Trânsito, Simirames Queiroz; o diretor de transportes da CTTU, Carlos Augusto Elias; o superintendente da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) em Recife, Marcos Lima; e os parlamentares Odacy Amorim, José Maurício, Gustavo Negromonte, Aluísio Lessa e Silvio Costa Filho.
“Diante do crescimento assustador de pessoas que estão perdendo suas vidas decorrentes de acidentes de motocicleta, percebemos a necessidade urgente de reunir os órgãos competentes e a sociedade para discussão sobre o assunto. O objetivo é planejar alternativas e soluções para a problemática”, explicou Costa Filho.
Em Pernambuco, houve 469 óbitos relacionados a acidentes de motocicleta em 2011, de um total de 1.349 óbitos em acidentes de trânsito. Em relação a 2010 esse número diminuiu - 602 e 1.935 respectivamente -, mas ainda assim, segundo o Major André Cavalcanti, os índices são alarmantes. “Em 2009, 37.148 brasileiros morreram. São gastos R$ 30 bilhões em internações hospitalares anualmente, no Brasil, com vítimas do trânsito”.
O major destacou que o número de vítimas de motocicleta, e do trânsito no geral, são maiores no Interior de Pernambuco, e que uma das ações que estão dando certo para a redução desses acidentes é a Operação Lei Seca. “Fizemos um mapeamento para detectar as áreas mais críticas. A cidade de Ouricuri, no Sertão do Araripe, por exemplo, registrou nove mortes durante os dez dias da festa da padroeira da cidade em 2011. Neste ano levamos a Operação Lei Seca para o município, no mesmo período, e não houve nenhum óbito relacionado a motos”, relatou André Cavalcanti.
De acordo com Sérgio Lins, a frota de motocicletas em 2005 era de 285 mil no Estado. Esse número dobrou nos últimos cinco anos. “Com a facilidade de compra, o número de motociclistas vem crescendo gradativamente. Como consequência, temos um aumento de vítimas envolvidas em acidentes. Já virou epidemia”, frisou o diretor de fiscalização e engenharia do Detran-PE.
Já Carlos Augusto Elias, diretor de transportes da CTTU, acrescentou que no Interior a fiscalização não é tão eficiente e que isso cabe, também, aos municípios. “Sabemos que o Detran-PE não tem condições e nem competência de administrar todas as cidades do Estado, as prefeituras também precisam se empenhar”. “Temos que observar também se ações como inclusão de faixas exclusivas para motos são mesmo interessantes, já que em São Paulo não deu certo. As propostas têm que ser mesmo estudadas”, recomendou Carlos Augusto Elias.
“Passa a ser uma questão que envolve saúde pública, previdência social, transporte. Veja que o trânsito pode interferir em vários segmentos da sociedade. É questão de segurança ter mais agentes de trânsito nas ruas e verificar se as pessoas estão realmente aptas a conduzir o veículo”, disse Simirames Queiroz do Conselho Estadual de Trânsito da Secretaria das Cidades.
Já Lúcia Recena ressaltou a importância das campanhas educativas sobre o trânsito. “Qualquer evento patrocinado pela Prefeitura de Jaboatão, por exemplo, não pode passar da meia-noite. Com isso a gente tem identificado uma redução no número de acidentes de carro e de motos no município”.
O relatório final da Comissão de Mobilidade Urbana da Assembleia Legislativa será entre à sociedade no próximo dia 30 de abril. A distribuição ocorrerá em órgãos públicos, em universidades, escolas e bibliotecas.
Da ASCOM/Blog do Fredson/Portal Araripina
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