ARARIPINA

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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

SERTÃO DO SÃO FRANCISCO E PAJEÚ - ESTADO APOSTA NA MAMONA


O projeto de produção e fornecimento de mamona e girassol do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), para a fabricação do biodiesel, nas regiões do Sertão do São Francisco e Pajeú agora conta com total apoio da Petrobras. Com a aprovação da proposta no valor de R$ 2,3 milhões anunciada no início do mês, serão contempladas 4,6 mil famílias em 9,2 mil hectares de terra. “Agora, nosso próximo passo está sendo cadastrar os agricultores para, em seguida, fazer o contrato de dois anos com a Petrobras garantindo a compra das oleaginosas a preço de mercado com base na região de Irecê, na Bahia”, explicou o diretor de Extensão Rural do IPA, Ruy Carlos. A estatal será responsável pela distribuição de sementes e a compra da produção, já o IPA oferecerá como contrapartida assistência técnica aos agricultores familiares. “Este é um projeto-piloto, caso atenda nossas expectativas a ideia é elaborar para os próximos anos um projeto que dê assistência a um maior número de produtores. A resposta da Petrobras saiu a tempo, uma vez que a chuva já começou a cair naquela região e, com isso, os agricultores têm que aproveitar a época para o plantio”, destacou o diretor do instituto. A Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil (Fetraf) também havia encaminhado o projeto que visava atender 4,2 mil trabalhadores rurais e 8 mil hectares de terra, mas não teve aprovação da Petrobras. As regiões atendidas seriam Sertão do São Francisco e Central, além do município de Pesqueira, no Agreste. De acordo com o presidente da Fetraf, João Santos, caso a proposta fosse aprovada cada agricultor plantaria 2 hectares de mamona e colheria 700 quilos por hectare, na região. Santos ressaltou a importância de se investir em culturas perenes para a produção do biodiesel. “A solução para o biodiesel é uma cultura perene. Estamos fazendo pesquisas com a oiticica (que é uma planta nativa do Sertão), pinhão manso e o dendê, este último na Zona da Mata do Estado. Seria importante que a Petrobras percebesse que não é interessante se limitar, apenas, a mamona e girassol. Até porque temos diversas regiões do Estado que podem ser exploradas com essas culturas”, concluiu.

JAMILLE COELHO
FOLHAPE

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