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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

BRASÍLIA - MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL VAI MESMO PARA FBC


Para conter um início de rebelião dos seus aliados nordestinos com a ausência, até agora, de um nome da região para o primeiro escalão do governo, a presidente eleita Dilma Rousseff definiu ontem as cotas de indicações das regiões Norte e Nordeste.

Depois de muita disputa entre os partidos aliados, Dilma avisou que o Ministério da Integração Nacional irá mesmo para o PSB. E o nome mais forte é o do ex-prefeito de Petrolina Fernando Bezerra Coelho, apadrinhado do governador Eduardo Campos, presidente nacional do PSB. O governador da Bahia, o petista Jaques Wagner, também desejava essa vaga. O PSB pode ganhar também a pasta de Turismo.

Apesar de Dilma ter tido 10 milhões de votos a mais do que o tucano José Serra no Nordeste, não tinha um só ministro do Norte ou Nordeste confirmado até então. No PT, as reclamações foram explicitadas pelos governadores Jaques Wagner (BA) e Marcelo Deda (SE), que reclamam do grande número de paulistas já confirmados ou anunciados: Antonio Palocci, Guido Mantega, Gilberto Carvalho, Miriam Belchior, o carioca Sergio Cortes e o gaúcho Nelson Jobim.

Em reunião ontem cedo com a presidente Dilma, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), sacramentou o retorno do senador eleito Edison Lobão para o Ministério das Minas e Energia. Já para o Ministério dos Transportes, a presidente eleita deixou claro que gostaria de ter de volta na pasta o senador Alfredo Nascimento (PR-AM), apesar da resistência de outros aliados. Mesmo assim, ainda há pressão para outras indicações nordestinas para o primeiro escalão de Dilma.

Um dirigente petista resumiu, segunda-feira à noite, o clima de estranheza com a ausência de nomes de outras regiões fora do eixo Rio/São Paulo. “Isso era crise anunciada! Nenhum nordestino de nenhum partido? Eu tenho alertado, tenho transmitido as reclamações que estão sendo passadas a mim. A Dilma teve 10 milhões de votos a mais só no Nordeste meu deus do céu!”.

Senador eleito pelo Ceará, o deputado federal Eunício Oliveira (PMDB), nome também lembrado para a Esplanada, considera que até o final da montagem do governo, Dilma Rousseff irá contemplar mais o Nordeste. “Não fechou ainda. Mas Dilma terá que fazer uma equação Brasil”, declarou.

Já o deputado eleito Danilo Forte (PMDB-CE) alerta que o Nordeste não pode perder o espaço que conquistou no governo Lula. “A Federação requer que todos os Estados que a constituem sejam representados. Ter ministros nordestinos é uma referência muito importante até pela discriminação econômica e social que o Nordeste tem buscado superar e teve grande avanço no governo Lula”, afirmou.

O senador sergipano José Carlos Valadares (PSB) também pode ser alçado ao ministério de Dilma – no ministério do Turismo – para que o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, seu suplente, reforce o time dilmista no Senado, a partir de fevereiro.

Fonte - Blog da Elba Galindo

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