ARARIPINA

ARARIPINA

PMA

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

PERNAMBUCO - ONG COMBATERÁ VIOLÊNCIA NO ESTADO


RIO (AE) - Todos os dias, um milhão de crianças sofrem algum tipo de violência nas escolas, em todo o mundo. O levantamento, feito pela Organização Não-Governamental Plan a partir de estudos em 66 países, entre os quais o Brasil, motivou a entidade a lançar a campanha Aprender Sem Medo. A intenção é erradicar das escolas violência sexual, castigos físicos e o bullying - agressões entre alunos. No Brasil, a ONG vai trabalhar nas escolas de Pernambuco e do Maranhão dando ênfase ao combate ao bullying. “Queremos criar uma cultura de paz, para que as crianças possam discutir o tema de forma lúdica.” Durante a campanha, que depende de parcerias entre a instituição e as secretarias de Educação, a Plan fará um levantamento sobre a violência e abuso sexual nas escolas brasileiras. Um caso ocorreu em Camaragibe, Pernambuco. “Um professor convidou quatro alunas para ir a Águas Finas, uma piscina coletiva em Camaragibe. A jovem voltou tarde, com roupa diferente da que usava quando saiu e se recusou a contar o que havia ocorrido”, contou Irismar Santana, assessora nacional de Direitos da Plan Brasil. A mãe descobriu que não havia passeio marcado pela escola, mas limitou-se a tirar a filha da escola. “As pessoas não sabem como agir e a violência sexual está em todos os espaços. Queremos trabalhar com as crianças para que elas possam reconhecer sinais do abuso, que não começa necessariamente com a coerção, mas com favores e benefícios”, disse Irismar. Para Bell’Aube Houinato, da Plan International, “tudo o que acontece na escola é parte da educação de uma criança. E o abuso sexual, os castigos acabam se tornando parte do aprendizado dos nossos alunos. Não podemos deixar que sejam educados para a violência”, defendeu ela. Bell’Aube esteve no Brasil para participar do 3° Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes - falou sobre o abuso sexual de estudantes em troca de boas notas e comércio sexual infantil para a compra de material escolar e pagamento de mensalidades na África.

Nenhum comentário: