ARARIPINA
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
AGRESTE - CULTURA DA MANDIOCA RECEBE ESTÍMULO
Os produtores de mandioca de 29 municípios do Agreste Meridional de Pernambuco deverão ser beneficiados com o Projeto de Desenvolvimento Regional Sustentável para a Mandiocultura do governo estadual. Entre as cidades envolvidas estão Alagoinha, Pesqueira, Tupanatinga, Venturosa, Belo Jardim, Jucati e Sanharó. De acordo com o diretor de Extensão Rural do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Ruy Carlos Barros, um dos objetivos do projeto é encontrar solução para a garantia de compra e aproveitamento integral da cultura da mandioca. A idéia é depois expandir o projeto para outras cidades, de acordo com Barros. “Nós temos que fechar toda a cadeia produtiva, oferecendo assistência técnica aos produtores, linha de crédito e preço de mercado. Dessa forma, conseguiremos alavancar a cultura. Hoje, o Estado tem um déficit de 165 mil toneladas de farinha de mandioca, que são comprados do Paraná”, explicou Barros. O Projeto da Mandiocultura prevê a utilização de recursos na ordem de R$ 7,6 milhões, sendo R$ 7,5 milhões para plantio da cultura e o restante para custeio das despesas. Para os agricultores, o Banco do Brasil está com a linha de crédito de financiamento para aqueles que apresentarem projetos. Com relação à compra da produção, a Indústria Mina Grande, em Buíque, comprometeu-se a praticar o preço de mercado. Hoje, o mercado está pagando entre R$ 150 e R$ 160 por tonelada da farinha de mandioca. Entre as metas do projeto, estão plantio de 5 mil hectares de mandioca no Agreste, em 2008/2009; apoio à organização social de 1,7 mil produtores de mandioca; redução na importação de 27 mil toneladas de farinha de mandioca; produção de 80 mil toneladas de raiz de mandioca; geração de 335 mil empregos diretos temporários no cultivo de mandioca; incentivo a 28 grupos de mulheres e jovens rurais na produção artesanal de alimentos à base de mandioca. Na opinião do diretor, um dos motivos do declínio da produção da mandioca no Estado ocorre porque os agricultores estão realizando o plantio em períodos equivocados. “O grande problema é que o pessoal está plantando nas piores terras, não planta no fim do inverno, enquanto deveria fazer no início das chuvas. Nós vamos tentar implantar o sistema de fileiras duplas de mandioca e com um espaçamento com o cultivo de feijão, que tem a função de filtrar o nitrogênio no solo e evitar pragas na lavoura”, justificou.
KELE GUALBERTO
FONTE-FOLHAPE
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