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segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

DADOS - BRASIL TERÁ 55 MILHÕES DE IDOSOS


Em 2040 o Brasil contará com mais de 55 milhões de idosos com idades entre 60 e 80 anos. O resultado foi apontado pela pesquisa publicada no livro Envelhecimento e Dependência: Desafios para a Organização da Proteção Social. O estudo, que durou quatro anos, foi realizado por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com o Ministério da Previdência. De acordo com o secretário de políticas do ministério, Helmut Schwarzer, além da questão da cidadania e da manutenção dos avanços na proteção social, desde a Constituição de 1988, é preciso aprofundar os estudos e o planejamento de uma série de novas políticas para o idoso. Para a elaboração desses planos, o secretário não descartou a possibilidade de utilizar parte do investimento das riquezas do petróleo extraído do pré-sal, mas já que ainda não há nada de concreto ele declarou que é preciso pensar em outros fatores. Segundo o diretor de estudos sociais do Ipea, Jorge Abrahão de Castro, diante dos estudos apresentados, o pré-sal será uma realidade, “e a sociedade brasileira deve, sim, discutir como parte dessa riqueza pode financiar políticas públicas universais, como educação e previdência”, concluiu. “O impacto do processo de envelhecimento da população brasileira na Previdência Social deve ser considerado mais detalhadamente, a partir da leitura dos números da expectativa de vida das faixas etárias que requerem benefícios previdenciários”, colocou Schwarzer. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida dos brasileiros continuará crescendo nas próximas décadas. A vida média do brasileiro, por exemplo, chegará ao patamar de 81 anos, em 2050. Atualmente, a média é de 72,3 anos. Esses dados serão utilizados pelo Ministério da Previdência Social nos cálculos de longo prazo, feitos para dar sustentabilidade ao sistema previdenciário brasileiro. O secretário alertou para a redução da taxa de natalidade, que atingirá o chamado “crescimento zero” em 2039, segundo o IBGE. “Essa taxa é que vai determinar quantas pessoas estarão em condições de contribuir para o sistema previdenciário nas próximas décadas”, declarou. A constatação do estudo de que o Brasil passa pela chamada “janela demográfica”, onde o quantitativo de pessoas com idades potencialmente ativas está em pleno processo de ascensão, Schwarzer afirma que o País não pode desperdiçar esse momento. “Precisamos aproveitar esse bônus demográfico e universalizar urgentemente a cobertura dos trabalhadores ativos e formalizar a sua contribuição ao sistema previdenciário”.

FONTE
FOLHAPE

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