A mudança de comportamento dos motoristas com a implementação da Lei Seca, em vigor desde o dia 20 de junho, pode trazer benefícios para os próprios. A diferença deve ser sentida no bolso na hora de fazer ou renovar o seguro em 2009. Com a queda no número de acidentes, a expectativa é que o valor dos seguros de automóveis sofram uma redução. Os números do princípio da Lei Seca já são positivos. Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), comparando julho de 2007 com o mesmo mês neste ano, levando em consideração apenas os finais de semana - sexta, sábado e domingo -, dias que a bebida alcóolica costuma ser mais consumida, a redução na taxa de acidentes na Rodovias Federais que cortam o estado de Pernambuco foi de 9,6%. O número de acidentes com mortos caiu 44,4%, enquanto os acidentes com feridos tiveram uma redução de 18,8%. A queda do índice de acidentes, no entanto, só deve ser repassada ao cliente em 2009 porque o seguro, na hora de fechar um contrato, pensa em um valor para o ano inteiro. “No Brasil, tem lei que pega e outras que não. Essa mudança no comportamento do motorista terá que ser comprovada para que os valores realmente caiam”, disse o presidente do Sincor-PE, Carlos Valle. Segundo Adalber Alencar, diretor de Marketing e Produtos do Banco GMAC, que ofecere seguros automotivos, é necessário esperar a estabilização desses números para que os novos valores sejam definidos. “Acredito que a redução no valor do seguro deve ficar entre 5% e 10%”, afirmou. Os clientes já aguardam com ansiedade a confirmação da notícia. “Pago R$ 1.700 no seguro do meu carro e, se houver queda no valor, melhor para mim. Estou torcendo para que o preço caia cada vez mais. Eu estou cumprindo a Lei Seca e, se todo mundo cooperar, o resultado será positivo para todos”, garantiu o estudante de Engenharia de Produção, Daniel Cavalcanti, de 24 anos.
Luciana Morosini
FOLHAPE
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