ARARIPINA

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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

REGIÃO DO ARARIPE - SERTANEJOS JÁ ESTOCAM ÁGUA DAS PRIMEIRAS CHUVAS


Famílias agricultoras que atravessaram a pior seca das últimas décadas no Semiárido puderam, no finalzinho do ano passado, renovar as esperanças de um ano melhor. É que as chuvas de dezembro que caíram sobre a região encheram os corações sertanejos de alegria, molhando a terra e fazendo a vegetação verdinha começar a brotar e crescer novamente.

Apesar das precipitações passageiras, agricultores/as seguem animados/as e preparados/as para o período de inverno. Na comunidade de São Raimundo, no Município de Exu, Sertão do Araripe, o casal de agricultores Luciano Gerônimo de Sousa e Cristiane Batista de Oliveira viu o barreiro-trincheira transbordar, depois da segunda chuva que banhou o Sertão na última semana de dezembro. A família tem assessoria técnica do Centro de Habilitação e Apoio ao Pequeno Agricultor do Araripe (Chapada), e há um mês, recebeu a tecnologia hídrica, através do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA), que conta com o patrocínio da Petrobras. 

O barreiro-trincheira acumulou água suficiente para atingir a capacidade máxima de 500 mil litros, que se bem utilizada garante tranqüilidade durante a estiagem. Luciano conta que as chuvas começaram antes do natal, a primeira foi de 85 mm e segunda de 100 mm. O agricultor diz que não conhecia a tecnologia, mas conta que percebeu que ela acumula e retém a água com eficácia, e por isso, evapora menos do que os açudes e barreiros tradicionais. A família de Luciano e Cristiane acredita que a água do barreiro-trincheira também ajudará as famílias vizinhas que não tiverem recursos hídricos suficientes em suas propriedades. 
“Ficamos felizes porque agora podemos fazer o plantio de verdura, milho, feijão e sorgo para as vacas”, comemora o agricultor. Na propriedade, a família investe na criação de bovinos, ovinos e suínos, mas depende da compra da ração na cidade, assim como as frutas e verduras consumidas pela família. Segundo Luciano, a água do poço que abastece a localidade é salobra e também não serve para os rebanhos. Agora com a construção do barreiro-trincheira, a perspectiva é de ampliar as atividades produtivas e criação animal. 

O casal explica que com a participação nas capacitações eles aprendem as orientações necessárias para desenvolver e cuidar da propriedade e das atividades na roça. O uso de defensivos naturais, o manejo da terra e das águas, evitando as queimadas são alguns dos aprendizados.

Da ASCOM/ APNE

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