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quarta-feira, 20 de julho de 2022

ORTOPEDIA - MAIS DE 5 MILHÕES DE BRASILEIROS SOFREM COM HÉRNIA DE DISCO


Dor nas costas, dormência, dificuldades para se locomover e alterações de sensibilidade na coxa, perna e pé. Esses são alguns dos sintomas dos pacientes diagnosticados com hérnia de disco. A doença, uma lesão que ocorre com mais frequência na região lombar, não tem cura e atinge cerca de 5,4 milhões de brasileiros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na maioria dos casos, os sintomas melhoram naturalmente após 3 meses, mas podem evoluir para quadros mais sérios, como o do cantor Wesley Safadão, que precisou passar por uma cirurgia após perder a sensibilidade nas pernas.

Segundo o ortopedista do Hospital Jayme da Fonte e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, Italo Izaias, podemos separar a coluna em vértebras, discos, ligamentos e músculos, que são estruturas que envolvem o canal vertebral. Os discos contribuem como uma forma de amortecedor, distribuindo as forças aplicadas na coluna, e são formados por água, eletrólitos e formas diferentes de colágeno. “Como usamos a coluna e a distribuição de força que nela aplicamos podem danificar essa estrutura, gerando desidratações discais e herniação, uma lesão de extravasamento ou compressão para o interior do canal”, explicou.

O aparecimento da doença é maior após os 40 anos, mas pode atingir pacientes em qualquer idade. Os homens são mais afetados que as mulheres, com uma proporção de 3 para 1. A teoria é que a diferença relacionada ao gênero do paciente esteja associada ao tipo de atividade que alguns homens são submetidos em seu local de trabalho. Tensão muscular, problemas degenerativos, sedentarismo, traumas, idade avançada, erros de postura e fumo também são fatores de risco para o surgimento da doença.

Apesar da hérnia lombar ser a mais comum, a região cervical e do cóccix também podem ser afetadas. Em 95% dos casos, a localização da hérnia está entre a L4-L5 e L5-S1 (entre a 5ª vertebra lombar e a primeira sacral). Os sintomas variam conforme o tamanho, localização e o tipo de hérnia: 1. Protusão, quando não há ruptura no anel externo do disco; 2. Extrusão, quando há ruptura do anel e extravasamento do núcleo do disco; e 3. Sequestrada, quando o extravasamento perde o contato com o conteúdo discal e o líquido gelatinoso migra para dentro do canal medular.

O diagnóstico é realizado pelo ortopedista através do histórico do paciente e de exames de imagem, como ressonância magnética e tomografia. Em 90% dos casos, os pacientes não precisam de cirurgia para tratar o problema e o tratamento conservador, com o uso de medicamentos, acupuntura e fisioterapia, é o mais recomendado. “Em 5% dos casos, os sintomas persistem, afetando a qualidade de vida do paciente, e diante da falha no tratamento conservador, a intervenção cirúrgica é indicada. Também existe uma condição chamada Síndrome da Cauda Equina, onde a região interna das coxas e as partes íntimas ficam dormentes, podendo afetar o controle esfincteriano (urinar e defecar). É uma situação de urgência cirúrgica e o paciente deve ser operado o mais rápido possível”, contou o especialista. São diversas técnicas que podem ser utilizadas para a intervenção cirúrgica, com procedimentos minimamente invasivos como a cirurgia por vídeo, além da cirurgia de descompressão e com parafuso, que dependem da localização do problema.

Para evitar a hérnia de disco, é necessário manter bons hábitos de vida, com alimentação saudável, prática de atividades físicas e acompanhamento multidisciplinar com profissionais da saúde. Em casos de sintomas da hérnia de disco, o paciente deve procurar um especialista para diagnosticar o problema e indicar a melhor forma de tratamento, que deve ser contínuo para evitar crises e ter um bom convívio com a doença.

Para uma avaliação clínica completa e melhor forma de tratamento da hérnia de disco, o paciente deve procurar centros médicos referência em atendimento ortopédico, cirurgia da coluna e neurológico, como o Hospital Jayme da Fonte, que possui médicos especializados da área.

Fonte - Diário de Pernambuco

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