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segunda-feira, 20 de julho de 2020

IMPACTOS - OMS AFIRMA QUE PANDEMIA PODE TIRAR QUASE 10 MILHÕES DE CRIANÇAS DA ESCOLA PARA SEMPRE

A crise provocada pela pandemia do novo coronavírus não ficou reduzida apenas ao aspecto sanitário. Na sexta-feira (17), o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, chamou a atenção para dados alarmantes em relação aos impactos que a Covid-19 pode causar à educação. 

Segundo o diretor da entidade, quase 10 milhões de crianças podem abandonar a escola " para sempre". Outras 132 milhões de pessoas passariam fome a mais este ano, além das 690 milhões que já sofrem com a fome. "Cortes orçamentários profundos na educação e aumento da pobreza causados pela pandemia da Covid-19 podem forçar pelo menos 9,7 milhões de crianças a abandonar a escola para sempre até o final deste ano", alertou Tedros Adhanom.

Em coletiva de imprensa, o subsecretário geral das Nações Unidas para Assuntos Humanitários e Coordenador de Socorro de Emergência, Mark Lock, apresentou uma atualização do Plano Global de Resposta Humitária da ONU. Ele demonstrou alguns exemplos do que pode acontecer, caso algumas nações não atuem corretamente para conter as consequências econômicas da pandemia, ao mesmo tempo em que atenua a expansão do vírus:

"Nós inicialmente calculamos os custos para essas respostas em US$ 2 bilhões, em março, e chegamos a US$ 10,3 bilhões nesta última atualização, o que pode servir como uma boa metáfora para entender a expansão que o vírus tomou nos últimos meses em todo o globo", acrescentou.

O subsecretário ainda fez um apelo às nações desenvolvidas do G20 para contribuir e evitar uma série de "tragédias humanas" ainda mais "brutais" do que os impactos diretos do coronavírus:

"Calculamos que 70 a 100 milhões de pessoas vão cair para a linha de pobreza em todo o mundo e selecionamos as 63 nações para começar com os esforços de recuperação usando esse valor de US$ 10,3 bilhões, que seriam o começo. O custo total para esses países ficaria em torno de US$ 90 bilhões, o que é menos de 1% do que as nações ricas utilizaram para si".

Fonte - Diário de Pernambuco

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