No Evangelho do Cristo, Mateus relata, nos versículos de 1 a 8 do capítulo 9º, que “entrando Jesus num barco, passou para a outra banda do lago e foi para a Sua própria cidade. “E eis que Lhe trouxeram um paralítico deitado num leito. Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Tem bom ânimo, filho; estão perdoados os teus pecados. “Mas alguns escribas diziam consigo: Este blasfema. “Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, perguntou: Por que cogitais o mal nos vossos corações? “Pois o que é mais fácil dizer: Estão perdoados os teus pecados, ou: Levanta-te e anda? “Ora, para que saibais que o Filho de Deus tem sobre a Terra autoridade para perdoar pecados — determinou ao paralítico: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa. “E, levantando-se, partiu para sua casa. “Vendo isto, as multidões, possuídas de temor, glorificaram a Deus, que dera tal autoridade aos homens”.
Que cada criatura tenha a fé daqueles que carregaram até Jesus o paralítico, a ponto de comover o Divino Mestre, que então lhe ordenou: “— Surge et ambula!”. — “Levanta e anda”, Humanidade! Curioso este mundo!... Multidões consideram-se cristãs. Mas quando se fala a respeito do Evangelho, há quem exclame surpreso: “Hein?!”. A impressão que passa é que muitos jamais sequer abriram o Novo Testamento. Eis o caso da Semana Santa: como gerações e gerações não se debruçaram do modo que deveriam sobre o Livro Sagrado, quando os povos alcançam períodos de transição semelhantes a este que vivemos, percebe-se em parte da mídia menor cuidado ao fato que marca a afirmação do Cristianismo desde os seus primeiros passos: a Ressurreição de Cristo Jesus! Ademais, muita gente acostumou-se a guardar da Semana Santa a imagem da Crucificação (morte) de Jesus, embora o seu grande recado se encontre estampado na Ressurreição, que é Vida, e Vida perene.
O Evangelho não é um livro ocioso. Sua mensagem permeia Céu e Terra. É urgente que a divina pregação de Jesus realize, mesmo nos territórios em que ela fincou raízes, sua extraordinária missão: civilizar a civilização humana com a vivência do Novo Mandamento do Cristo: “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos” (Boa Nova segundo João, 13:34 e 35). É obra da paciência. Já dizia o filósofo que a mais difícil fronteira a ser suplantada é a do cérebro humano, inclusive nas nações cristãs. Mas o ânimo e a vontade de avançar vêm do próprio Cristo, que atestou: “Eu venci o mundo!” (Evangelho consoante João, 16:33).
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