ARARIPINA

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terça-feira, 17 de abril de 2012

AGROPECUÁRIA - AGRIAGRESTE MOVIMENTA GARANHUNS


Garanhuns vai sediar a 1ª edição do AgriAgreste, nos dias 18 e 19 de abril. A escolha pela região não foi por acaso: O município fica no Agreste Meridional , onde se destaca a pecuária leiteira do nosso estado, tema principal a ser tratado nos dois dias do evento. A produção de leite em Pernambuco já viveu grande momento.Nos últimos anos tem enfrentado alguns entraves e experts nacionais no quesito agronegócio aqui desembarcam para analisar a questão,neste encontro que reúne representantes de Sindicatos Rurais, estudantes, técnicos e produtores rurais em geral.

A bacia leiteira pernambucana ganha atualmente destaque com os municípios pernambucanos de Itaíba, Buíque e Pedra que são os maiores produtores de leite do Estado segundo os últimos dados ( IBGE/ 2008) referentes a Pesquisa da Pecuária Municipal. Temas como o turismo rural e voltados para meio ambiente tendo como foco o Código Florestal e o produtor rural também serão debatidos neste seminário que acontece no Centro de Convenções do Hotel Tavares Correia. O AgriAgreste é um evento da Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco (Faepe) em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e Serviço de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Abrindo o evento, na quarta-feira, dia 18, o assessor técnico da Comissão de Meio Ambiente e representante da Comissão Nacional de Biodiversidade da CNA, João Carlos de Carli, abordará, das 10h às 12h, três pontos essenciais do Código Florestal: o vigente, o aprovado no Senado e a sugestão de alteração do relator, deputado federal Paulo Piau (PMDB). Carli falará ainda sobre as Definições de Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente e as conseqüências das mesmas para o produtor rural.

Dando continuidade ao primeiro dia de palestras o Presidente da Comissão de Leite da CNA, Rodrigo Alvim debaterá, das 14h às 15h30, o tema a Comercialização do leite: uma visão que acontece no Brasil. Encerrando o dia de debates, das 16h às 17h30, o foco se volta para o Turismo Rural. O Consultor do Ministério do Turismo, João Paulo da Silva, aborda a visão do turismo rural.

A pecuária de Leite será o assunto do segundo e último dia do evento. Das 8h30 às 10h, o Pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Alessandro de Sá Guimarães, aborda “O que o produtor pode fazer pela qualidade do Leite. O consultor empresarial Matheus Ferreira dá continuidade ao evento falando sobre a gestão em fazenda de gado leiteiro,das 10h30 às 12h. Os custos da produção: uma análise será o tema debatido pelo analista da Embrapa Gado de Leite, Lorildo Aldo Stock, que encerra as palestras do AgriAgreste.

O Presidente da Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco (Faepe) Pio Guerra, à frente do evento, através do Senar, diz que o AgriAgreste oferece debates oportunos, resgatando pautas importantes para nossa região em segmentos como o turismo rural e pecuária de leite. Ele lembra que , de acordo com os último levantamento nesse segmento (IBGE- Pesquisa da Pecuária Municipal – 1999/20083 ) que revela que a distribuição geográfica da produção leiteira pernambucana continua apontando o Agreste como a principal microrregião produtora, respondendo desde então por mais de 73% da produção estadual. “Bem acima do Sertão, a segunda maior produção, adianta Pio Guerra”.

Pio Guerra destaca ainda levantamento da Adagro, em 2010, que revela que cerca de dois milhões de litros de leite produzidos diariamente em Pernambuco, 52% são captados por laticínios devidamente registrados: “Segundo aquele órgão (Adagro) aproximadamente 540 mil litros são adquiridos pelas unidades que possuem SIF (Serviço de Inspe4çãofederal) e que segunda a da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro) que revela ter nosso estado, 97 estabelecimentos com Serviço de Inspeção Estadual (SIE) implantados e de acordo com o SIF , 13 agroindústria registradas, cedidos pelo Ministério da Agricultura.

PERNAMBUCO PRODUZINDO

A atividade leiteira em Pernambuco, de acordo com a Adagro, em dez anos desfrutou de um crescimento de 173%, no quantitativo de leite produzido, com destaque para a microrregião do Vale do Ipanema, confirmando a região do Agreste como a principal bacia leiteira do Estado.

O Agreste Pernambucano é responsável por 73% do leite produzido em Pernambuco, seguido do Sertão (20%), das regiões do São Francisco Pernambucano e Mata Pernambucana, cada uma contribui com 3% e a Região Metropolitana do Recife com apenas 1%. A pesquisa da Pecuária Municipal realizado em 2008, pelo IBGE aponta ainda que de 1999 a 2008, o município de Pedra teve um crescimento de 576% na produção de leite. Destacando neste quesito ainda os municípios de Buíque, Bodocó e Águas Belas, que ampliaram em mais de cinco vezes a produção municipal de leite na última década.

Pernambuco consumindo- De acordo com os últimos dados da Pesquisa de Orçamento Familiar, realizada pelo IBGE, em 2008 e 2009,quando se analisa o perfil de consumo de leite e derivados por parte das famílias pernambucanas nos deparamos com uma realidade que sinaliza um volume de compras em maior escala por parte da faixa de população que possui renda em até R$ 2,490,00 por mês.Essa classe também é responsável por 63% do volume total de compra do leite e derivados no Estado. Cabe também enfatizar uma particularidade no consumo de produtos lácteos por parte dos pernambucanos. Eles desembolsam na compra de queijo praticamente o dobro do valor em relação ao que é destinado na aquisição de leite.

No que se refere ao mercado consumidor, nosso Estado movimenta um volume financeiro na ordem de R$ 81 milhões por mês, o que totaliza anualmente cerca de R$ 972 milhões, representando o valor dos gastos que as famílias pernambucanas tem na aquisição de tais produtos. As famílias pernambucanas também são as maiores consumidoras de queijos em comparação a todos os Estados do Nordeste. São quase R$ 25 milhões gastos mensalmente com a compra de queijos pelos pernambucanos, o que corresponde a uma cifra anual próxima dos R$ 300 milhões.

Da ASCOM/SL/MCI/Blog do Fredson/Portal Araripina

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