RIO – O trânsito é a principal causa de mortes violentas de crianças com até 9 anos de idade. Segundo dados do Ministério da Saúde, os acidentes são responsáveis por 30% dos óbitos por causas externas nessa faixa etária. Desse total, 50,8% das vítimas sofreram atropelamento e 19,9% eram ocupantes dos veículos. Dados como esses levaram os ministérios das Cidades e da Saúde a lançarem ontem no Rio a campanha “Ajude a salvar nossas crianças. Cuide delas no trânsito”. “O Brasil está vendo a mortalidade infantil despencar. A mortalidade por diarréia, doenças infecciosas, relacionadas ao parto, caem. Por outro lado, as mortes relacionadas a acidentes de trânsito aumentam. Essa campanha visa a conscientizar o pai, o responsável e também as crianças, para que elas cobrem dos adultos que não coloquem crianças pequenas no banco da frente, que todos usem cinto de segurança, que respeitem limites de velocidade e, em hipótese alguma, bebam antes de dirigir”, afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. A campanha tem quatro filmes publicitários. Além de alertar para os riscos de beber antes de dirigir, eles mostram os cuidados com a criança no carro, na calçada e brincando na rua. Nos comerciais, personagens de histórias infantis como a bruxa, Chapeuzinho Vermelho e princesas discutem numa convenção os riscos que as crianças correm no trânsito. Num dos filmes, Cinderela sugere que todos os carros virem abóboras, para evitar atropelamentos. O ministro das Cidades, Márcio Fortes, lembrou que ele próprio quase foi atropelado quando criança, ao correr atrás de um cão que fugira de casa, quando morava em Assunção, no Paraguai. Temporão também divulgou dados de setembro de 2007, levantados em 85 unidades de urgência e emergência de 37 municípios brasileiros pelo serviço Vigilância de Violências e Acidentes (Viva). Naquele mês, houve 1.225 atendimentos a crianças de até 9 anos por acidentes de trânsito.
JUSTIÇA
O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, lançou ontem, em Brasília, o programa “Nossas Crianças”, que unifica cinco projetos já em andamento. O mais importante deles é o Cadastro Nacional de Adoção, no qual são reunidos e postos à disposição dados de crianças que podem ser adotadas, bem como de pessoas interessadas em tê-las como filhos. Segundo Mendes, a idéia é buscar a participação de voluntários do Judiciário, como a Defensoria Pública, nesses programas.
FONTE-JC
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