Os consumidores de energia elétrica das classes residencial (com exceção dos de baixa renda), rural e de iluminação pública terão uma redução de 2,9% na conta de setembro. A queda será de 7,9% para os grandes clientes, como a indústria e o comércio, segundo informações da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe).
A redução vai ocorrer por causa do fim da cobrança, em Pernambuco, de um encargo do setor elétrico chamado Recomposição Tarifária Extraordinária (RTE). Ele começou a ser cobrado na conta dos consumidores para recompor as perdas de receita que as distribuidoras e geradoras de energia registraram com o racionamento de energia elétrica, que aconteceu no segundo semestre de 2001 e foi até fevereiro de 2002. O RTE aplicava os percentuais de 2,9% e 7,9% nas contas de fornecimento de energia elétrica dos consumidores finais. O encargo não foi cobrado na conta de energia dos clientes de baixa renda. É por isso, que a conta deste tipo de consumidor vai continuar a mesma. O prazo de encerramento da cobrança do RTE expirou em julho de 2008 para a área de distribuição da Celpe. A redução será maior para os grandes clientes porque o percentual aplicado na conta deles foi maior durante o período em que o encargo foi cobrado. As contas de setembro serão calculadas este mês e não terão mais a cobrança do RTE. “Aguardamos ansiosamente que isso ocorra, porque vai ser bom para o setor, que precisa baixar os seus custos”, disse o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), Ricardo Essinger. Ele acrescentou também que “só acredita vendo que a energia vai ter uma redução de preço”. Outro setor empresarial que também ficou surpreso com a medida foi o comércio. “Esta é uma notícia diferente e muito boa. A redução da conta de energia vai provocar um aumento de renda e isso deve voltar par ao comércio - ou em forma de pagamentos atrasados ou com novas compras - ”, disse o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do Recife, Sílvio Vasconcelos. A Celpe tem 2,8 milhões de consumidores e mais que 90% deles são residenciais.
ENCARGO COMPENSOU PERDA POR RACIONAMENTO
A retirada da Recomposição Tarifária Extraordinária (RTE), encargo que tinha o objetivo de socorrer as energéticas atingidas pelo racionamento de 2001 e 2002, ocorreu antes do que estava previsto no início do ano, quando se acreditava que isso aconteceria em outubro e entraria na conta de energia de novembro. Segundo um técnico do setor, a retirada ocorreu antes porque aumentou a quantidade de energia que foi vendida pela Celpe, o que fez crescer a receita arrecadada com as contas de energia. O RTE era aplicado nos percentuais de 2,9% e 7,9% sobre o valor da conta de energia dos consumidores finais. O presidente do Grupo Neoenergia, Marcelo Correia, disse - em entrevista coletiva no dia 02 de abril -, que a retirada do RTE reduziria a conta de energia em outubro. O Neoenergia é dono da Celpe e da Termopernambuco. Ainda na mesma entrevista, Correia afirmou que um preço mais módico da tarifa chegará na conta dos pernambucanos na segunda revisão tarifária, que vai ocorrer em 2009. A revisão tarifária substitui o reajuste anual e ocorre a cada quatro anos. “A nossa expectativa é que a conta de energia tenha uma redução com a próxima revisão tarifária”, comentou o vice-presidente da Fiepe, Ricardo Essinger. Até agora, a segunda revisão tarifária da maioria das distribuidoras resultou em percentuais que reduziram a conta da energia para o consumidor final.
FONTE-JC
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