A região Nordeste, em especial o Semi-Árido, está produzindo anualmente cerca de 550 mil toneladas de Feijão-Caupi BRS (Brasil Semente) Pujante, distribuídos em 1,6 mil hectares. Já que o Caupi é uma cultura que se adapta facilmente tanto na caatinga, como em áreas irrigadas, vale ressaltar que o produto tem servido como fonte de renda e subsistência para dezenas de famílias de pequenos produtores. O Feijão-Caupi, ou feijão-de-corda, como é mais conhecido, é uma variação desenvolvida pela Embrapa Semi-Árido (Transferência de Tecnologia), que se diferencia das outras espécies por ter um rápido ciclo de produção e colheita, sem necessariamente precisar de adubação e por ser mais fácil de cozinhar. De acordo com o gerente de produto da Embrapa de Petrolina, Lázaro Paiva, além de ser uma excelente fonte de proteínas e carboidratos, equiparando-se com o feijão comum e preto, a cultura do Caupi é importante fonte de renda e de emprego, principalmente para os sertanejos. “Esse produto é uma excelente fonte geradora de renda para o agricultor familiar sertanejo, já que é uma espécie que é muito bem adaptável naquela região. Sem falar que esse alimento, quando cozido, fica pronto bem mais rápido que os outros feijões”, defendeu Paiva. Em mais de 20 anos de pesquisas, a instituição desenvolveu dez espécies diferentes de BRS Pujante trabalhadas em mais de 30 unidades da Embrapa espalhadas em todo o Nordeste, entre elas o Milênio, a Nova Era, Gurguéia, Patativa e o Paraguaçu. O Caupi é produzido em todo o Nordeste e, sobretudo, no Semi-Árido, podendo resistir tanto na caatinga, como em áreas irrigadas. A espécie ainda produz bem com pouca chuva e não é muito exigente em adubação, quando o solo já é naturalmente fértil. Quando o solo é fraco, precisa de pouco adubo e leva entre 70 e 80 dias para ser colhido e consumido.
POR JAMILLE COELHO
FOLHAPE
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