Há menos de um mês após a inauguração do novo complexo industrial do Grupo Inbetta no Paulista, Pernambuco conta com o início da construção de mais uma fábrica, desta vez, da empresa Aché Laboratórios Farmacêuticos. A nova unidade está sendo instalada no Complexo Industrial Portuário de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, e contará com um investimento de R$ 500 milhões. E para celebrar o início das obras, o governador Paulo Câmara participou, na manhã desta segunda-feira (07.05), da cerimônia de lançamento da pedra fundamental do empreendimento, que irá gerar 200 novos empregos imediatos. A conclusão da primeira etapa do projeto está prevista para o primeiro semestre de 2019. A expectativa é de que sejam ofertados mais três mil postos de trabalho diretos e indiretos após a conclusão total do parque fabril.
“Aproveitamos essa oportunidade com o grupo Aché, de avançar, de se desenvolver. Um grupo que já tem mais de 50 anos fazendo medicamento no Brasil, de maneira tão profissional e correta. E hoje, o Ache dá vida a esse empreendimento, com o lançamento da pedra fundamental. E, com certeza, essa indústria de medicamentos em Pernambuco será referência não só para o Nordeste, mas para o Brasil. Digo isso sem medo de errar, porque todos os empreendimentos que aqui chegaram, tiveram a certeza de que investir em Pernambuco vale a pena. Eles conhecem o nosso potencial, tanto no aspecto da infraestrutura quanto na questão tributária, e, principalmente, no fornecimento de uma mão de obra de qualidade, que dá conta do recado e que efetivamente faz toda a diferença”, destacou o governador.
O Aché Laboratórios vai atuar em Pernambuco com a fabricação de medicamentos alopáticos e fitoterápicos para uso humano, em uma estrutura total de 25 hectares. O projeto, que será entregue em duas fases, contempla a implantação de uma fábrica para produção de medicamentos sólidos e um centro de distribuição. Na primeira fase, será construída uma área dedicada para embalagem de produtos sólidos e o centro de distribuição, os quais serão inaugurados ainda no primeiro semestre de 2019. Já a segunda etapa, que contempla o espaço para a fabricação dos medicamentos, está prevista para 2021. Quando totalmente concluída, a planta de Pernambuco terá capacidade para produzir cerca de 700 milhões de unidades de medicamentos por ano.
Inicialmente, os produtos serão trazidos de Guarulhos (SP) em granel (comprimidos e cápsulas) para o complexo fabril de Pernambucano, onde serão embalados e distribuídos para as regiões Norte e Nordeste. Após a finalização da segunda fase do projeto, em 2021, os medicamentos sólidos também serão fabricados em Suape. “Ao constatar o foco que esse Governo dá a esses dois pilares - que nós entendemos ser fundamentais para qualquer região em desenvolvimento -, que são a educação e a saúde, só reafirma a certeza da nossa escolha por Pernambuco. Eu tenho a certeza de que esse é apenas o início de um projeto de muito sucesso, que trará bons frutos para todos aqueles que acreditam e que estão engajados nesta nova empreitada. Agradeço a parceria até aqui, com o desejo de que nossos vínculos se estreitem ainda mais para que possamos, de maneira sustentável, apoiar e promover o desenvolvimento do nosso amado Brasil", explanou a presidente do Aché, Vânia Nogueira de Alcântara Machado.
NEGOCIAÇÕES - O Governo de Pernambuco iniciou as negociações com o Grupo Aché em dezembro de 2015, quando o governador Paulo Câmara visitou a fábrica de Londrina (PR). Após um ano de visitas, estudos, reuniões e negociações, um Protocolo de Intenções para a instalação do empreendimento foi assinado em dezembro de 2016. Em abril de 2017, a empresa venceu a licitação para aquisição de um terreno de 25 hectares. Logo em seguida, em maio do ano passado, foi assinado o contrato de compra e venda do terreno.
“O Aché é uma empresa que valoriza a inovação, a educação e a cultura. E nós compartilhamos dos mesmos valores. Todos que aqui se instalaram se surpreenderam com a qualidade da nossa mão de obra, e agora não vai ser diferente. Há 10 anos, um grupo ainda liderado pelo ex-governador Eduardo Campos, que tinha ao seu lado o governador Paulo Câmara, pensaram um Pernambuco novo que faria navios, e nós estamos fazendo. Pensaram em um Pernambuco que fazia carros, e nós estamos fazendo. Pensaram em um Pernambuco que geraria muita energia renovável, e hoje geramos. Faltava algo nesta cadeia, faltavam os medicamentos. E a partir de agora, não mais faltarão, porque a Aché fabricará esses produtos aqui", defendeu o secretário estadual de Planejamento e Gestão, Márcio Steffani.
ACHÉ LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS - O Aché é uma empresa 100% brasileira, com mais de 50 anos de atuação no mercado farmacêutico. Conta com três complexos industriais: em Guarulhos (SP), São Paulo (SP) e Londrina (PR); além de participação na Melcon do Brasil e na Bionovis, joint- venture brasileira dedicada à pesquisa e desenvolvimento de medicamentos biotecnológicos. A empresa emprega mais de 4.700 colaboradores e possui uma das maiores forças de geração de demanda e de vendas do setor farmacêutico no Brasil. Possui um portfólio com 344 marcas em 858 apresentações de medicamentos sob prescrição, genéricos e MIP (isentos de prescrição), além de atuar nos segmentos de dermocosméticos, nutracêuticos, probióticos e biológicos.
Durante a solenidade, foi enterrada – junto à pedra fundamental - uma cápsula do tempo com documentos, fotos e matérias jornalísticas sobre o início das obras da nova fábrica. No local, também foi plantada uma muda da espécie cordia verbenácea, mais conhecida como erva baleeira.
Estiveram presentes no evento o vice-governador Raul Henry; os deputados federais Betinho Gomes e Fernando Monteiro; o deputado estadual Aluísio Lessa; os secretários estaduais Marcelo Barros (Fazenda), André Gustavo (Desenvolvimento Econômico); o presidente de Suape, Marcos Baptista; além do secretário do Desenvolvimento e Competitividade Industrial do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Igor Calvet, que representou o Ministério da Indústria, Comércio exterior e Serviços (MDIC); o diretor do Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde, Thiago Rodrigues, que representou o Ministério da Saúde; e a diretora do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Cláudia Prates.
Da ASCOM
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