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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

AQUECIMENTO GLOBAL - GREENPEACE QUER LULA EM EVENTO SOBRE CLIMA


A pouco mais de dois meses para a conferência da ONU sobre mudanças climáticas, a ONG Greenpeace inicia hoje, em sete capitais brasileiras, incluindo o Recife, coleta de assinaturas pedindo o comparecimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao evento, em Copenhague, na Dinamarca, em dezembro deste ano.

O coordenador da campanha, João Talocchi, explica que a presença de Lula mostrará o empenho do Brasil. “Além disso, queremos que o governo federal apresente propostas concretas”, explica.

Encabeçam a lista de compromissos o desejo de que o Brasil assuma o desmatamento zero na Amazônia, a inclusão de 20% de energias renováveis (eólica, solar e de biomassa) na matriz elétrica e a transformação de 30% dos mares em unidades de conservação.

“Os oceanos são reguladores do clima. Mas, com o aumento da temperatura, perdem a capacidade de capturar na atmosfera os gases do efeito estufa. Quando saudáveis, no entanto, essa perda é menor”, justifica Talocchi.

As outras capitais onde haverá mobilização são Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte e Manaus.

Os eventos, informa o Greenpeace, têm a função de lembrar à população que o aquecimento global é uma realidade e que, para evitar seus piores efeitos, é preciso agir agora.

O período foi escolhido porque coincide com a abertura da 64ª Assembleia-geral das Nações Unidas, hoje, e com as discussões de alto escalão sobre mudanças climáticas previstas para a próxima semana.

Os ativistas do Greenpeace estarão fantasiados de vaca hoje à tarde, no Parque da Jaqueira, e amanhã pela manhã, nas imediações do Edifício Acaiaca, em Boa Viagem, para alertar a população sobre os impactos da pecuária, principal responsável pelo desmatamento da Amazônia, no clima.

É que a destruição da floresta é a maior fonte brasileira de gases do efeito estufa, provocando o aquecimento global.

Nos últimos 40 anos, quase 20% da Amazônia foram desmatados, o que levou à emissão de cerca de 20 bilhões de toneladas de CO2, principal gás do efeito estufa, na atmosfera.

Esse volume equivale à emissão de todo o setor de transportes no mundo, no período de quatro anos. A maioria da área desmatada, 80%, é ocupada pela pecuária, com modelo pouco eficiente de criação de gado.

O papel das vaquinhas, diz o Greenpeace, é explicar por que destruir a floresta amazônica contribui com o aquecimento. Uma das frases de efeito dos ativistas será:

“A cada 13 segundos, área equivalente a um campo de futebol é derrubada na Amazônia. A maior parte dessa área é transformada em pasto.”

“O papel do governo brasileiro é zerar o desmatamento na Amazônia. O do cidadão, pressionar o presidente para que o País se comprometa com essa meta, além de ajudar, no dia a dia, a manter o planeta saudável”, avalia Talocchi.

Não só o Brasil mas outros países emergentes, como a China e a Índia, deverão assumir metas para reduzir a emissão de gases do efeito estufa. Atualmente as metas são obrigatórias apenas para países desenvolvidos.

“O presidente Lula precisa ir a Copenhague e garantir o fim do desmatamento, assumindo papel de vanguarda para enfrentar as mudanças climáticas”, diz Raquel Carvalho, também do Greenpeace.

Fonte-JC

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