Informação extra-oficial que corre na bancada federal de Pernambuco, depois do resultado das eleições nacionais em segundo turno, dá conta que o senador Armando Monteiro Neto (PTB) pode virar ministro das Minas e Energia no segundo governo da presidente Dilma Rousseff (PT).
O cargo não seria apenas uma clara compensação pela derrota na disputa do governo do Estado, em que perdeu para o socialista Paulo Câmara. Bem articulado no plano nacional com lideranças empresariais, Armando Monteiro Neto poderia ajudar Dilma a reconstruir as pontes com o setor produtivo nacional.
Com sua eventual saída, a cadeira no Senado seria ocupada pelo suplente Douglas Cintra, empresário de Caruaru.
Armando Monteiro ao lado de Dilma e Lula durante campanha no Estado. Foto: divulgação.
Não seria a primeira vez em que um candidato derrotado em Pernambuco viraria ministro. Depois de perder a disputa para Miguel Arraes em 1994, o então candidato Gustavo Krause virou ministro da Fazenda de Itamar Franco, por sugestão de FHC.
De acordo com a coluna Painel, na noite de domingo, ministros espalhavam que Dilma pretende anunciar seu novo ministério de uma vez só, no início de dezembro. Ontem ela escondeu o jogo em entrevistas às TVs Globo e Record.
Mais: Dos cinco senadores que disputaram o segundo turno das eleições estaduais, só Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) se elegeu governador. Marcelo Crivella (PRB-RJ), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Delcídio Amaral (PT-MS) e Eunício Oliveira (PMDB-CE) foram derrotados.
Em conversa com o Blog, o senador descartou a especulação. Segundo Armando, o papel a ser desempenhado no Congresso Nacional será prioritário durante o segundo governo da petista, como ela pontuou durante o primeiro discurso após reeleita.
“Não há o menor fundamento sobre qualquer especulação nesse sentido”, cravou Armando, que disputou este ano o Governo de Pernambuco e recebeu apoio massivo do governo federal.
Armando também observou que o apoio do PTB ao governo federal não é verticalizado. No segundo turno, a legenda apoiou, no plano nacional, o candidato Aécio Neves (PSDB).
“A agenda no Congresso e no Senado é muito desafiadora, como colocou a presidente. O papel do Congresso será fundamental. A presidente Dilma já reconheceu que será preciso ampliar o diálogo e impulsionar a agenda de reformas. O Senado terá um papel muito importante neste período”, disse Armando.
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