Nos últimos quatro anos, a média do orçamento total do Ministério dos Transportes para o setor rodoviário caiu 28%, passando de R$ 9,66 bilhões, entre 2011 e 2014, para R$ 6,97 bilhões, de 2015 a 2018. Porém, mesmo diante de uma redução de 22% nos recursos para manutenção e conservação das rodovias, dos 57,2 mil quilômetros de estradas federais pavimentadas no Brasil, 33,7 mil, que percentualmente correspondem a 59%, estão em bom estado de conservação. Foi o que revelou o Índice de Condição da Manutenção (ICM), divulgado pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). No levantamento, a situação de Pernambuco é considerada boa, com 76% da malha rodoviária federal em boa condição de conservação.
A pesquisa é feita pelo DNIT com o objetivo de manter uma radiografia atualizada das condições da malha federal e utilizar as informações apuradas na tomada de decisões sobre investimentos, como obras de implantação, pavimentação, duplicação e manutenção da malha. “Apesar do contingenciamento, garantimos os investimentos para a conservação e manutenção da malha, o que é prioritário para evitar a degradação do patrimônio público e também para garantir segurança a quem viaja”, afirmou o ministro dos Transportes, Portos e Aviação, Valter Casimiro.
Ainda segundo o ministro, o Governo vem se esforçando para aumentar esses investimentos. “Enquanto há oito anos o ministério investia 42,7% de seu orçamento em manutenção e conservação, este ano está investindo 58,5% para o mesmo fim”, completa Cassimiro.
Índice
O ICM é obtido a partir da soma do índice do pavimento com o índice da conservação. O primeiro índice tem peso de 70% na nota final. Se o ICM for menor do que 30, a rodovia é considerada em bom estado de conservação e requer apenas serviços de controle rotineiros. Se for entre 30 e 50, a rodovia está em situação regular e requer serviços de manutenção leve. Se for entre 50 e 70, o estado é ruim e requer serviços de conservação mais pesados. Se o ICM for maior que 70, a rodovia está em estado péssimo e requer intervenção pesada.
Uma pista em boas condições não tem buracos, registra poucas ocorrências de remendos e/ou trincas; tem canteiros centrais e áreas vegetais laterais podadas; e sinalização visível. Por outro lado, uma pista com vários remendos, panelas (cavidades), de sinalização precária e mato alto pode ser considerada ruim ou mesmo péssima.
Da Folha de Pernambuco
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