ARARIPINA
segunda-feira, 28 de julho de 2008
TRÂNSITO - LEI SECA PODE BARATEAR SEGURO
Com a chamada Lei Seca, que impôs maior rigor ao motorista que ingerir bebida alcoólica, o número de acidentes de carro em Pernambuco começa a diminuir e, como conseqüência, os preços dos seguros também podem despencar. Segundo o Sindicato dos Corretores de Seguros de Pernambuco (Sincor-PE), se os índices de acidentes continuarem baixos nos próximos três meses, as empresas terão de reavaliar os custos das apólices e a previsão é que os valores caiam entre 20% e 25%. “Estamos com uma expectativa boa quanto à queda de acidentes provocados por motoristas embriagados, mas o mercado de seguros ainda precisará fazer uma avaliação para saber se essa lei vingará de fato. Além disso, outros componentes que provocam acidentes, como o crescimento nas vendas de carros, buracos nas estradas e número de roubos permanecem, por isso, a baixa dos valores dos seguros precisa ter motivo consistente”, explicou o presidente do Sincor-PE, Carlos Valle, afirmando que os grandes acidentes, em geral, são causados por pessoas sob efeito de álcool e outras drogas. O corretor Heider Gouveia, da Fortia Corretora de Seguros, no bairro de Casa Forte, no Recife, diz que a empresa já sinaliza para a redução nos preços dos seguros de automóveis, caso a Lei Seca traga resultados consistentes. “Para se ter uma idéia, o preço de seguro de carro para jovens entre 18 e 25 anos pode ser cerca de R$ 200 mais caro. Isso se deve aos riscos mais elevados de acidentes, por ingestão de bebida alcóolica. Com a Lei Seca, esse nicho, especificamente, poderá ter seguros mais baratos”, salientou Gouveia. De acordo com o presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), Jaime Garfinkel, no ano passado, as indenizações pagas por colisões, com perda total ou parcial do veículo, representaram 54% dos desembolsos totais, ou R$ 2,5 bilhões. Roubos e furtos foram a segunda causa das indenizações de carros de passeio nacionais, com 42% do total desembolsado. No entanto, para o presidente da Fenseg, é preciso que a fiscalização continue, mesmo após o período de implementação da Lei Seca, para que se garanta a redução real dos acidentes de trânsito. “Com a adoção do Código Nacional de Trânsito, em 1988, também houve uma baixa significativa de acidentes. Por isso, a fiscalização deve ser permanente”, afirmou.
SARA HELEUTÉRIO
FOLHAPE
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