Pernambuco registrou, no mês passado, um recorde para o mês de junho no crescimento de trabalhadores com carteira assinada. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a alta foi de 1,37%, capitaneada pelo interior do Estado. Enquanto a Região Metropolitana do Recife (RMR) cresceu 0,61% na quantidade de empregos formais, a área fora da RMR registrou um incremento de 1,73%. Isso mesmo sem o interior contar com o pleno impacto da geração de empregos de grandes projetos como as fábricas da Sadia, em Vitória de Santo Antão, da Perdigão, em Bom Conselho, e da Novartis, em Goiana. Juntas, essas empresas vão gerar quase 3 mil postos de trabalho fora do Grande Recife. Em junho, a RMR registrou um saldo de 3.603 trabalhadores formais, contra 7.754 vagas com carteira assinada no interior. Mesmo com Pernambuco tendo acumulado no primeiro semestre queda de 0,52%, que, de acordo com o MTE, ocorreu “em razão da sazonalidade negativa do complexo sucroalcooleiro”, nos últimos 12 meses o Estado apresentou forte avanço, de 5,52%, figurando como o terceiro melhor desempenho da região, atrás da Bahia e do Ceará. Somente com o impacto sazonal (influência da época do ano) do setor sucroalcooleiro, houve redução de 4.430 postos de trabalho. Caruaru, no Agreste, que em todo o ano passado foi o terceiro municípios que mais gerou empregos formais no Estado, aparece na sexta colocação geral de junho, mas na terceira posição entre os municípios do interior, com alta de 0,95% e saldo de 369 empregos com carteira assinada gerados. Isso levando em conta que foram abertas 1.628 vagas, mas houve 1.259 demissões. “Os municípios do interior têm se destacado bem e Caruaru, por estar no Pólo de Confecções, vem atraindo investidores de um raio de até 20 municípios. A tendência é de que superemos este ano as 3.624 vagas geradas em 2007”, acredita o gerente regional do Trabalho, Francisco Reginaldo Rodrigues. No topo da lista figura Petrolina, que, com alta de 14,25%, apresentou, como saldo de contratações menos demissões, em junho, a criação de 5.356 vagas. Sirinhaém, no Litoral Sul, registrou a segunda elevação mais forte, com avanço de 13,29%, e quarta posição geral em números absolutos na geração de empregos, com 493 vagas criadas.
AGOPECUÁRIA NO TOPO DO RANKING
A agropecuária foi o setor que mais empregou, em junho, em Pernambuco. Nessa área, foram abertas 5.642 vagas, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Das 11.357 vagas apuradas em todo o Estado, somando postos de trabalho criados na Região Metropolitana do Recife (RMR) e no interior de Pernambuco, 5.642 delas estão vinculadas à agropecuária. Outras 1.676 vieram do setor de serviços, 1.400 da indústria da transformação, 1.370 da construção civil e 1.293 do comércio. Desde 2003, o Caged aponta que o mês de junho têm uma tendência de crescentes altas. Enquanto naquele ano junho registrou saldo de 2.961 vagas, em 2004 já foram 2.991, saltando para 6.182 postos de trabalho no ano seguinte. Em 2006, foram 6.828 postos de trabalho, número que avançou para 8.854 no ano passado. De acordo com o ministério do trabalho, a tendência de geração de empregos no agronegócio é nacional, com destaque para Minas Gerais, com crescimento de 3,1%, e São Paulo, com 1,29%. Em números absolutos, os municípios do interior desses dois Estados criaram 63.149 postos de trabalho e 62.172 vagas formais. Enquanto os empregos com carteira assinada avançaram 6,43% nas cidades interioranas, no acumulado do primeiro semestre, cresceram 3,68% nas grandes metrópoles, segundo o Ministério do Trabalho. Dessa forma, o interior já é responsável por 50,5% do total de empregos formais gerados no acumulado de janeiro a junho, o que corresponde a 688.084 vagas de uma cifra que supera 1,361 milhão. Somente em junho, as áreas fora das regiões metropolitanas criaram 164.650 postos de trabalho, contra 83.635 nas grandes metrópoles. O estudo foi realizado em nove Estados: Pernambuco, Ceará, Pará, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.
FONTE-JC
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