As blitzes da lei seca realizadas no Estado vão ser feitas, a partir de hoje, com etilômetros e não apenas com bafômetros descartáveis, como ocorre desde o início da fiscalização, que, em Pernambuco, começou em 3 de julho. A princípio, serão apenas seis equipamentos. No fim do mês, mais dez serão disponibilizados. Os etilômetros pertencem ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e não vinham sendo utilizados por estarem sendo aferidos. Os equipamentos levam vantagem sobre os bafômetros porque indicam com precisão o índice de álcool no organismo dos motoristas. Nos casos em que a alcoolemia excede três decigramas por litro de ar, configurando crime e exigindo o encaminhamento do condutor a uma delegacia de polícia, passa a ser desnecessária a realização do exame de sangue no Instituto de Medicina Legal (IML). “Na prática, os etilômetros agilizam o processo de autuação dos motoristas que ingeriram bebida. Agora, fazer ou não o exame de sangue vai depender da decisão da autoridade policial”, explicou a diretora de Operações do Detran, Simírames Queiroz. Os bafômetros descartáveis, que vêm sendo usados até então pela fiscalização, mostram apenas se os condutores consumiram álcool, até o índice de um decigrama por litro de ar expelido, que configura apenas infração de trânsito. Quando esse percentual excedia, era necessário o exame de sangue. Balanço do Detran, divulgado ontem, aponta que de 3 a 20 de julho, 90 motoristas foram autuados por dirigir após ingerir álcool e a mesma quantidade teve a carteira nacional de habilitação (CNH) recolhida. Desse total, 14 condutores foram autuados através de termo de recusa, por terem se negado a utilizar o bafômetro. Todos pagaram R$ 957,70. Os dados são apenas da Região Metropolitana do Recife.
TREINAMENTO
Oitenta policiais e agentes de trânsito de oito municípios do Grande Recife foram capacitados, ontem, sobre a lei seca, no Detran. Além de conhecer a Lei 11.705/2008, os fiscais receberam dicas para identificar sintomas que apontem o consumo de álcool pelos motoristas, tais como olhos vermelhos, sonolência, vômitos, soluços, hálito forte e desordem nas roupas. Orientados por instrutores da Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Detran e do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran), os agentes também foram instruídos sobre a forma correta de lavrar os autos de infração para evitar futuros recursos administrativos.
FONTE JC
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