Visando potencializar o parque industrial de Pernambuco na produção de bens para a defesa, o governador em exercício, Raul Henry, assinou, nesta segunda-feira (29.01), um termo de compromisso para criação do Comitê Empresarial da Indústria de Defesa (Comdefesa). Fruto de uma parceria entre o Ministério da Defesa, o Governo de Pernambuco, a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) e as Forças Armadas do Brasil, o Comitê é o primeiro a ser instalado no Nordeste e tem o intuito de agregar mais valor às cadeias produtivas, além de promover a competitividade e incentivar o avanço tecnológico das empresas locais. A solenidade foi realizada na sede da Fiepe, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife.
“Pernambuco tem, hoje, uma base industrial muito diversificada, e o nosso propósito ao integrar esse comitê é possibilitar a atração de novas indústrias na área da defesa, contribuindo para a geração de empregos, o que incrementa a economia do Estado. Para isso, vamos oferecer todas as condições necessárias com programas de incentivos fiscais, assim como a gente já oferece para as empresas que vem a Pernambuco. Então, será importante essa parceria com a Fiepe e o Ministério da Defesa, para que a gente possa buscar outras empresas que possam participar desse cluster”, destacou Raul, lembrando que um importante passo já foi dado por Pernambuco na exploração do setor com o anúncio da vinda da multinacional suíça Ruag, com um investimento de 15 milhões de euros.
Entre suas principais funções, o Comdefesa irá atuar no mapeamento das indústrias locais com potencial de fornecimento, realizar o cadastramento das empresas do Estado, assim como a catalogação de seus produtos nos órgãos do Ministério da Defesa e nos membros da OTAN. Estão previstas também ações mais incisivas como a realização de eventos regionais, acompanhamento das oportunidades de negócios, orientação jurídico-legal, divulgação e difusão das ações e da atuação em estratégias integradas para inserir novas empresas no setor.
Ao defender a importância da criação do Comitê, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, frisou que, além de ajudar a consolidar Pernambuco como um polo de desenvolvimento da indústria da defesa, a medida irá impulsionar reflexos positivos na balança comercial do País. “O Comdefesa será a ponte entre a indústria do Brasil e a do exterior. Ele vai formular uma política específica do Estado, seus instrumentos e seus mecanismos para que a gente possa avançar e atrair ainda mais indústrias. Então, a vinda desse Comitê para o Nordeste, para Pernambuco, significa trazer mais empregos, tecnologias, salários acima da média da indústria, impostos. Enfim, é trazer desenvolvimento para a região e para o Estado de Pernambuco", pontuou.
Para o presidente da FIEPE, Ricardo Essinger, o foco será atrair novas parcerias e conhecimento, estimulado o aumento da competitividade da indústria local. “A partir de agora, nós vamos ter a possibilidade de sermos fornecedores do Ministério da Defesa. E isso representa um grande crescimento para as indústrias do vestuário, da construção civil, de alimentos, da metalmecânica, ou seja, todos os ramos industriais serão beneficiados. Contudo, teremos um desenvolvimento maior no polo de informática, por ser um grande demandante de serviços da indústria de defesa”, afirmou Essinger.
O Comitê será composto pelo Governo de Pernambuco, através da AD Diper; pela Secretaria de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa; pelas Forças Armadas do Brasil (Marinha, Exército e Força Aérea); e pela FIEPE, através do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (SINDUSCON/PE) e outros sindicatos associados à Federação.
Da ASCOM
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