As duras declarações feitas por Antônio Campos, candidato derrotado à Prefeitura de Olinda, numa entrevista coletiva convocada pelo próprio na última terça-feira (1), repercutiram muito mal dentro do partido dele – o PSB. Os principais ‘alvos’ do irmão do ex-governador Eduardo Campos foram a viúva, Renata, e o governador Paulo Câmara. Mas sobrou até para o prefeito Geraldo Julio e o senador Fernando Bezerra Coelho.
Entre outras coisas, Antonio Campos disse que a viúva de Eduardo passa uma imagem de “frágil”, mas nos bastidores ela tem poderes “maiores do que deveriam” e “fica mandando” dentro do partido. Sobre Paulo Câmara, que é vice-presidente nacional do PSB, Campos disse que há um núcleo em volta do governador “que esquece que mais importante do que ter projeto de poder, é ter projeto político”. O recado foi, entre outros, para o senador FBC.
Antonio disse ainda que foi monitorado todo o tempo pela Casa Militar do governo estadual, durante a campanha de prefeito. Em nota, no entanto, a Casa Militar contestou a afirmação justificando que não se envolve em assuntos políticos. A direção estadual também rebateu, por meio de nota, o irmão de Eduardo, ao afirmar que “discorda do conteúdo da entrevista concedida pelo ex-candidato a prefeito de Olinda. As eleições de 2016 deram ao PSB um consistente crescimento nas diversas regiões do estado. É princípio básico da democracia respeitar o resultado das urnas”.
O fato é que, após a trágica morte de Eduardo Campos, em 2014, os socialistas de Pernambuco perderam a voz que conseguia dissipar as divergências. E para 2018, por mais que o partido comemore o resultado nas eleições municipais, terá de aparar essas arestas no Estado.
Fonte - Blog do Carlos Britto
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