A 3ª onda da pesquisa trimestral realizada em conjunto pela Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (ACREFI) e TNS Brasil, empresa global de pesquisa de mercado, aponta que 84% dos consumidores brasileiros planejam economizar mais em 2015 mudando o padrão de consumo.
A pesquisa ouviu mais de 1 mil pessoas de todas as regiões do País, com idade entre 18 e 65 anos, sendo 54% mulheres e 46% homens, e captou o comportamento da população nos primeiros meses de 2015 e perspectivas de consumo, crédito e financiamento.
A grande maioria (92%) disse que a inflação impacta na decisão quanto a novos financiamentos e que já estão mudando os padrões de consumo. O lazer foi o padrão de consumo que mais teve impacto para 83% dos entrevistados, seguido de vestuário (77%), alimentação (76%), transporte (46%), saúde (40%), educação (35%) e outros (2%).
A pesquisa apontou alta de 84% ante 76%, em abril, na intenção de não fazer um financiamento em 2015. Entretanto, aquisição de móveis (49%), carro (50%) e eletrodomésticos (20%) continua nos planos dos brasileiros. Em seguida aparece empréstimo pessoal (20%) e o crédito consignado (9%).
Para aquisição dos bens citados acima, 35% dos entrevistados buscariam como forma de financiamento o crédito automotivo, 28% optariam pelo imobiliário, 34% pelo crédito direto ao consumidor (CDC) e 23% pelo consignado.
O levantamento constatou que aumentou a proporção de consumidores com algum tipo de dívida, 68% frente a 62% em abril. 75% das pessoas declararam ter dívida de cartão de crédito, 29% de carnê/boleto, 21% de financiamento de carro, 18% de financiamento imobiliário, 15% de CDC, 3% de leasing e 3% declaram ter outros tipos de dividas.
O desemprego continua impactando no otimismo dos consumidores. Para 86% dos entrevistados, o desemprego vai aumentar nos próximos meses, ante 81% apontado no levantamento do primeiro trimestre deste ano.
Quanto à manutenção do emprego, no próximo semestre, 38% dos entrevistados disseram estar seguros quanto a sua permanência. 27% disseram que não se sentem seguros e 36% revelaram que não estão empregados.
Aumentou significativamente a porcentagem dos consumidores que acredita que a situação financeira do País é ruim ou péssima (71%/jul), contra (66%/abr) e 37% em 2014.
Quando questionados sobre “quem você acha que é responsável por essa situação?” 72% responderam que é o Governo Federal, 61% o Congresso (Senadores e Deputados Federais) e 25% o setor privado.
Em relação a pergunta sobre a expectativa de melhora na situação econômica do País, 33% dos consumidores disseram não saber quando essa melhora virá, apenas 5% acredita em uma melhora a partir do segundo semestre deste ano, 32% espera uma melhora a partir de 2016 e 17% acredita que só sentirá melhora em 2018.
Do Blog de Jamildo
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