Em todo o País, apenas 45% das adolescentes que deveriam tomar a segunda dose da vacina contra o HPV (Papiloma Vírus Humano) procuraram os postos de saúde desde o dia 1º de setembro, quando teve início essa fase da campanha. O número corresponde a 2,2 milhões do total de 4,9 milhões das meninas entre 11 e 13 anos de idade que fazem parte do público-alvo. Em Pernambuco, o percentual ainda é menor: 38,8%, o que corresponde a 93,1 mil meninas entre 11 e 13 anos de idade.
O Ministério da Saúde reforça que a campanha continua nos postos do saúde e que a primeira dose sozinha não protege contra o vírus. Para garantir 100% de proteção contra o HPV (Papiloma Vírus Humano), que provoca o câncer do colo do útero, é preciso tomar todas as doses previstas na vacinação: a segunda, seis meses depois da primeira, e a terceira, de reforço, cinco anos depois.
Embora a vacina faça parte do Calendário Nacional de Imunização do Sistema Único de Saúde (SUS) e esteja disponível durante todo o ano nos postos de vacinação, as adolescentes devem seguir o cronograma de intervalo entre uma dose e outra.
O câncer do colo do útero é o terceiro tumor mais frequente entre a população feminina e terceira causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. A doença mata 14 brasileiras por dia.
Segundo o Ministério da Saúde, a vacina atualmente é utilizada em mais de cinquenta países, com cerca de 175 milhões de doses aplicadas. A segurança da vacina é reforçada pelo Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Neste ano, são vacinadas as adolescentes do primeiro grupo, de 11 a 13 anos. Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as adolescentes de nove a 11 anos e, em 2016, as meninas de nove anos.
HPV - O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estimativas da Organização Mundial da Saúde indicam que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença. Em relação ao câncer do colo do útero, estudos apontam que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença. Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos.
Do NE10
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