Pernambuco recebeu 400 novos médicos através do programa Mais Médicos, do Governo Federal. O balanço é referente ao ano de 2024 e foi divulgado nesta segunda-feira (16) pelo Ministério da Saúde. Ao todo, Pernambuco conta com 1.747 profissionais em atividade.
Segundo o levantamento, o Brasil teve 6.729 novos profissionais em mais de 2 mil municípios, o que representa mais de 25% do total de 26.756 médicos que atuam em 4.412 cidades e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).
O programa foi retomado em 2023 para atrair médicos para cidades do interior e periferias. De acordo com o Ministério da Saúde, aproximadamente 60% dos médicos atuam nos municípios com maior vulnerabilidade social.
Os resultados alcançados nos últimos dois anos foram discutidos no Encontro Nacional das Referências do Programa Mais Médicos, no dia 6 de dezembro.
“O Mais Médicos não se encerra em si mesmo. Ele é um meio potente e importantíssimo para viabilizar e fortalecer a Estratégia Saúde da Família”, afirmou o secretário-adjunto de Atenção Primária à Saúde (APS), Jerzey Timóteo, em palestra sobre a relação do programa com as principais iniciativas que constroem o primeiro nível de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS).
No encontro, foi pontuada a importância das referências regionalizadas para que o programa alcance mais locais. Elas são responsáveis por apoio técnico, orientações, mediações de conflitos, acompanhamento e monitoramento das atividades realizadas.
“2025 será o ano de consolidar nosso trabalho, metas e políticas que retomamos desde o início da gestão. Com o trabalho das referências regionais, comunicamos mais com gestores, profissionais e sociedade as políticas da atenção primária à saúde, ganhamos capilaridade sem perder de vista o nosso papel de formulador de políticas públicas”, destacou o diretor do Departamento de Apoio à Gestão da Atenção Primária, Wellington Mendes Carvalho.
“Com a aproximação entre a gestão federal e as referências regionalizadas, é possível também identificar os desafios de cada território e alinhar as ações, as diretrizes e os planos futuros”, lembrou o diretor.
Cotas no Mais Médicos
O Ministério da Saúde lançou, pela primeira vez, um edital voltado para pessoas com deficiência e grupos étnico-raciais, como negros, quilombolas e indígenas.
Além disso, foi feita a concessão de curso e bolsa-formação em preceptoria de medicina de família e comunidade de R.000 a 2.700 residentes de medicina de família e comunidade (MFC). Essa formação prepara o futuro médico de família e comunidade para que ele transmita o conhecimento adquirido a novos profissionais em formação, ampliando assim a capacidade do país de criar novos programas de residência médica em MFC.
O Ministério também anunciou a integração das formas de provimento do programa, o que permite que 3,6 mil médicos bolsistas sejam efetivados pela Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde (AgSUS), com permanência nos municípios onde já atuam, mantendo o vínculo com a comunidade.
Por Adelmo Lucena - Diário de Pernambuco
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