No último domingo (1º), o motorista de aplicativo Thiago Fernandes Bezerra, de 23 anos, foi assassinado pelo policial militar Venilson Cândido da Silva, de 50, em Camaragibe. Para o secretário estadual de Defesa Civil, Alessandro Carvalho, “ele deve ser expulso da corporação” e “vai responder pelo crime”. No entanto, a pasta precisará seguir alguns protocolos para resultar na exclusão do militar da corporação.
Entenda
Procurada pelo Diario de Pernambuco, a Secretaria de Defesa Civil (SDS-PE) informou que um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) está sendo conduzido pela Corregedoria Geral da SDS. Essa Corregedoria irá instalar um Conselho de Disciplina, onde haverá toda a apuração do caso e o julgamento da conduta do policial.
“A SDS reforça que o acusado foi preso em flagrante delito, responderá pelo crime cometido e reafirma que esse tipo de atitude é uma exceção dentro da Polícia Militar”, disseram em nota. Após a conclusão do PAD, o militar poderá ser expulso da corporação.
O caso
Segundo informações, Thiago foi baleado e morto pelo PM por causa de uma discussão sobre o valor da corrida, que totalizou R$ 7. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento do crime. Thiago pilota a moto com o policial na garupa. O condutor para em um determinado ponto, em Alberto Maia, e o PM desce.
Os dois discutem por poucos segundos. Thiago chega a abrir os braços, como se questionasse o policial. O PM, então, recua alguns passos e dispara na vítima, que cai no chão. Em seguida, o autor do crime tira o capacete, coloca ao lado do corpo e sai.
Outros vídeos mostram o momento em que o policial, que teve a prisão preventiva decretada, tenta fugir em um ônibus. Alcançado por populares, ele é espancado e, por conta da ação dos policiais que o capturam, não acaba sendo linchado.
A Polícia Militar de Pernambuco informou, por meio de nota, que o suspeito foi preso em flagrante delito. Durante a ação, foi apreendido um revólver calibre 38.
Por Mareu Araújo
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